“Demissão silenciosa” prevê revolução nas relações trabalhistas

O mundo como um todo vive atualmente um processo acentuado de demissões em relação aos anos anteriores. Principalmente no Reino Unido, em 2021 um número crescente de pessoas insatisfeitas afirmam ter planos de trocar de emprego para oportunidades com mais benefícios e salário mais justos.

Além disso, uma tendência nas redes sociais, conhecida como “demissão silenciosa”, vem repercutindo muito, principalmente no TikTok. O conceito consiste em desempenhar o mínimo exigido no cargo e redirecionar sua energia para outras áreas da vida. O viral da internet repercutiu muito entre os mais jovens e preocupa gestores de empresas sobre o incentivo a acomodação dos funcionários. Mas afinal, quais são os lados dessa história?

Segundo a tendência, a demissão silenciosa não seria deixar de realizar suas obrigações, mas tendo em vista que muitos empregos pagam o mínimo, com poucos benefícios e sem oportunidade de crescimento… porque afinal dar tudo de si? A ideia do conceito seria redirecionar sua energia para algo que realmente irá lhe trazer retorno, como por exemplo, começar um novo curso, estudo, especialização, empreendimentos e outros.

A cultura do trabalho excessivo com muitas exigências e pagamento mínimo não é mais tolerada entre os mais jovens, que buscam alternativas para ascender socialmente de formas mais eficazes e humanas. Muitos jovens profissionais estão agora rejeitando o estilo de vida de “viver para o trabalho”, continuando a trabalhar, mas não permitindo que o trabalho controle suas vidas.

Estudos recentes apontam que trabalhar menos é essencial para a manutenção da saúde mental. As discussões sobre a Síndrome de Burnout e sobre o aumento da produtividade em relação a uma menor jornada de trabalho, evidenciam cada vez mais que não faz sentido nenhum o formato comumente estabelecido.