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Denuncias sobre bancos globais e avanço de Covid-19 pressionam e Ibovespa cai

Bolsas ao redor do mundo operaram em queda, pressionadas pelo aumento de casos da doença na Europa, Espanha e França.

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O início da semana foi marcado pelo nervosismo dos investidores com informações de que grandes bancos como HSBC, JPMorgan e Standard Chartered movimentaram somas de fundos ilícitos por um longo período, apesar de indícios de origem duvidosa. Juntou-se a isso, o avanço dos casos de Covid-19 na Europa, Espanha e França. Diante desse cenário, só restou ao Ibovespa acompanhar o movimento das bolsas globais e encerrar o pregão com queda de 1,54, aos 96.780 pontos. O giro financeiro somou R$ 36,198 bilhões.

As grandes instituições financeiras estão na mira de uma megainvestigação de lavagem de dinheiro. Segundo informações, alguns dos maiores bancos teriam movimentado uma fortuna em operações sinalizadas como irregulares pelos organismos de controle, entre 1997 e 2017.

Por aqui, os bancos também foram pressionados pelo noticiário e terminaram o dia com desvalorização: Itaú (-1,34%), Bradesco (-1,29%) e Banco do Brasil (-1,69%).

Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que os casos de Covid-19 passaram de 30 milhões em todo o mundo. A Espanha limitou o deslocamento de cerca de 850 mil moradores da zona Sul de Madri, que só poderão sair para trabalhar, ir ao médico e à escola. Europa e França também cogitam novas medidas de isolamento.

Para Head de renda variável da Messem Investimentos William Teixeira, uma segunda onda da doença preocupa mas, se houver, não deve ser tão impactante como foi a primeira. “Existe o risco da segunda onda, alguns países já estão tomando medidas de lockdown e, sem a vacina, pode ser mais um problema para as economias que estão começando a se recuperar. No entanto, não acredito numa segunda onda na mesma proporção da primeira. Já deu tempo para os negócios se adaptarem, vimos um avanço muito grande no mundo corporativo e na vivência digital. Coisas que demorariam anos para acontecer, aconteceram mais rápido, agora já estamos preparados”, pondera.

A notícia afetou diretamente as ações do setor de turismo que também tiveram um dia de queda. No final, Gol recuou 8,55%, Azul perdeu 7,76% e CVC teve desvalorização de 4,57%.

Logo cedo, o Banco Central divulgou o Boletim Focus. A estimativa dos agentes financeiros para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano apresentou um leve melhora, passando de queda de 5,11% na semana passada, para recuo de 5,05%. Para 2021, a estimativa foi mantida em 3,50%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), a projeção subiu de 1,94% para 1,99%. Para o ano que vem foi mantida em 3,01%. Para a Selic, não houve mudança, a taxa se manteve em 2% e, para 2021, em 2,50% ao ano.

Para Messem, a recuperação econômica vem se mostrando interessante e forte. “A confiança da indústria vem subindo bem, temos visto isso na prática. Em breve teremos dados consistentes que irão mostrar esse avanço. No Focus já percebemos uma melhora de percepção, como a queda do PIB sendo reduzida por várias semanas”, avalia, ressaltando ainda que a pressão inflacionária percebida recentemente é pontual em alguns produtos e não deve impactar de forma relevante a inflação.

Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com queda de 2,84%, aos 27.147 pontos e o Nasdaq com recuo de 0,13%, aos 10.778 pontos.

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