Moedas
Descubra o que o Índice Big Mac revela sobre as moedas mundiais
Estudo do Índice Big Mac destaca moedas sobre e subvalorizadas ao redor do mundo.
O relatório anual do Índice Big Mac, publicado pela revista The Economist, trouxe novas revelações sobre o valor real das moedas em nível mundial.
Dessa vez, uma moeda da América Latina destacou-se entre as mais sobrevalorizadas, o que suscitou discussões sobre sua paridade com o dólar.
A análise do poder de compra é um reflexo das políticas econômicas de cada país e oferece uma visão clara sobre a estabilidade financeira global.
Índice Big Mac é baseado no preço de hambúrguer do McDonald’s – Imagem: Brett Jordan/Unsplash
O que é o Índice Big Mac?
O Índice Big Mac é um método desenvolvido para medir a paridade do poder de compra entre diferentes moedas, com o uso do preço do hambúrguer nos estabelecimentos McDonald’s ao redor do mundo.
Os resultados mostram o franco suíço como a moeda mais sobrevalorizada, seguido pelo peso argentino e pelo peso uruguaio. No entanto, outras moedas da América Latina, como o real brasileiro, aparecem como subvalorizadas, indicando valores discrepantes.
Essas diferenças refletem as estratégias econômicas de cada nação e a percepção de sua estabilidade.
Ranking e variações das moedas
O recente relatório do Índice Big Mac revelou que o peso argentino está entre as moedas mais sobrevalorizadas do mundo.
O preço de um Big Mac na Argentina é de 7.300 pesos, equivalente a aproximadamente US$ 6,95 (R$ 40,78*), enquanto nos Estados Unidos custa US$ 5,79 (R$ 33,97*).
Para equilibrar os preços, o câmbio deveria ser de 1.260,79 pesos por dólar, mas o oficial é de 1.050, o que resulta em uma sobrevalorização de 20,1%.
Moeda |
Situação |
Variação |
Franco suíço |
Sobrevalorizada |
38% |
Peso argentino |
Sobrevalorizada |
19,3% |
Peso uruguaio |
Sobrevalorizada |
19,3% |
Impactos na América Latina
A América Latina apresenta um panorama diversificado. O real brasileiro está subvalorizado em 30%, assim como moedas como o sol peruano e o peso chileno também mostram subvalorização.
Essas variações são reflexo das políticas econômicas adotadas em cada país e de suas respectivas percepções de estabilidade pelos investidores.
Perspectivas políticas e econômicas
Os resultados do Índice Big Mac provocam discussões fervorosas entre economistas e políticos.
Na Argentina, a política cambial adotada pelo governo tem sido alvo de críticas, especialmente devido ao sistema de desvalorização controlada. Entretanto, o presidente Javier Milei acredita que, com o fim dos controles cambiais, o valor do peso poderá ser mantido sem grandes ajustes.
A análise ainda aponta que o Índice Big Mac influencia o comércio internacional. Um exemplo disso é a possibilidade de Donald Trump utilizar esses dados para justificar tarifas comerciais contra países com moedas subvalorizadas, como o México.
O estudo destaca, assim, a importância das políticas de desregulação econômica propostas pelo governo Milei.
Apesar de simplista, o Índice Big Mac continua sendo uma ferramenta valiosa para entender as tendências monetárias globais. No cenário argentino, esses dados impulsionam discussões sobre a política cambial e seus impactos.
À medida que o governo avança com suas estratégias de estabilização econômica, o verdadeiro valor do peso argentino continuará em foco no debate econômico.
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