Economia
Dívida bruta terminará 2029 quase 20 pontos acima de 2019, prevê Economia
Previsão da pasta é de que a dívida bruta chegará a 94,5% do PIB em 2029.
O secretário especial de Fazenda, Valdery Rodrigues, demonstrou nesta quinta-feira em uma apresentação que a dívida bruta no final da década ainda estará quase 20 pontos acima do nível pré-pandemia.
A previsão do Ministério da Economia é de que a dívida bruta, vista como o principal indicador da saúde fiscal do país, crescerá de 93,9% do PIB em 2020 até 97,9% do PIB em 2026, quando então passará a cair até chegar em 94,5% do PIB em 2029.
O resultado é que o continuará longe do nível de 75,8% do PIB registrado em 2019, antes da pandemia.
A previsão para a dívida líquida é de que chegue em 2029 a 84,4% do PIB, primeiro ano em que terá realmente recuado após a crise. O cálculo é de que a dívida líquida avance de 55,7% do PIB em 2019 para 67,8% do PIB neste ano e, e a partir de então caminhe de forma ascendente até atingir 84,7% do PIB em 2028.
O futuro apresenta desafios para o país recolocar suas contas públicas no lugar, após diversos de déficits primários desde 2014, com falta de receitas para quitar as despesas públicas, cenário que piorou e muito após os gastos extraordinários deste ano para lidar com a crise de Covid-19.
Waldery defendeu a preservação do teto de gastos como “superâncora fiscal” e destacou a necessidade de o Brasil avançar com sua agenda de reformas, o que classificou como “imprescindível para o equilíbrio fiscal”.
Dentro dessa agenda, o secretário focou na continuidade de concessões e a realização da privatização de estatais, além da aprovação do pacto federativo, ações de liberalização comercial, corte e racionalização de subsídios e reformas administrativa e tributária.
Valdery também citou como destaque medidas como redução dos custos para contratação de funcionários, lei de falências, autonomia do Banco Central e modernização de marcos legais em petróleo e gás, ferrovias, cabotagem, energia e saneamento.
A pasta revisará sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano no início de novembro, disse Waldery.
Atualmente, o ministério prevê recuo de 4,7% para a economia em 2020, mas Paulo Guedes, ministro da Economia, já sinalizou que espera contração de 4%.
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