Do jogo ao mundo real: a série ‘The Last of Us’ pode se tornar realidade causado por fungo mortal

A série baseada num jogo de videogame, ‘The Last of Us’, estrou no HBO Max e acabou se popularizando. Na ficção, os personagens acabam vivendo num mundo apocalíptico, devido ao fato de que o aquecimento global causou a mutação de um fungo que, agora, afeta humanos.

O fungo que inspirou a série de fato existe. No entanto, ele é capaz de atingir apenas insetos, e mesmo que o aquecimento global proponha mudanças nesses fungos, não há muito com o que tenhamos que nos preocupar.

No entanto, outro fungo pode vir a causar preocupação, justamente por mutações causadas por mudanças climáticas.

A Febre do Vale

A Febre do Vale começou a ser relatada em 2013, no entanto, cada vez mais vem se mostrando presente. Os casos têm ocorrido nos Estados Unidos.

Essa febre se dá pela inalação dos esporos de um tipo de fungo, os coccidioides, que são conhecidos por se desenvolver em ambientes quentes.

Segundo as informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, os coccidioides são os responsáveis por causar a Febre do Vale.

Essa doença pode vir a ter sintomas leves, como fadiga, falta de ar, tosse e até mesmo erupções na pele, sintomas já muito conhecidos devido à covid-19.

No entanto, essa doença pode vir a evoluir e a causar problemas ainda maiores. Se o fungo se alocar no cérebro da pessoa acometida pela Febre do Vale, pode levar até mesmo à morte.

São mais de 20 mil casos registrados apenas no ano de 2019, no Arizona e na Califórnia. Todos os anos, quase 200 pessoas perdem as suas vidas devido a esse fungo.

Esse fungo não somente é capaz de causar uma inflamação aguda em todo o corpo da vítima, mas também se alimenta de carne humana. Quando ele consegue seguir caminho até o cérebro ou a medula espinhal, a chance da vítima vir a óbito é de 40%.

Essa doença ainda está sendo estudada, visto que uma das principais dúvidas é por qual motivo algumas pessoas desenvolvem sintomas graves, e outras, não.

Aquecimento global

O aquecimento global pode vir a ser uma forma de potencializar o contágio desse fungo. Segundo o pesquisador Paris Salazar-Hamm, da Universidade do Novo México, em uma entrevista para a BBC, até o ano de 2100, a Febre poderá deixar de atingir apenas 12 estados americanos e chegar a acometer 17 deles.