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Dólar fecha em alta pela 4ª semana consecutiva de valorização

Alta de 0,95% na moeda norteamericana elevou seu valor para R$ 5,6068, o maior visto nos últimos três meses.

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Mais uma vez o dólar fechou em alta, ficando acima dos R$ 5,60 e renovando máxima em três meses. Essa é a 4ª semana consecutiva de valorização, o que não se via desde o fim de abril. A moeda fechou a sexta-feira com alta de 0,95%, a R$ 5,6068.

A valorização foi sustentada pelo desconforto fiscal doméstico e pelo reavivamento da divisa no exterior. Esse é o maior patamar desde 20 de maio, que chegou a R$ 5,6902.

A variação máxima durante a sessão foi de 1,44% (R$ 5,634), enquanto a mínima foi de 0,04% (R$ 5,5562).

A apreciação chegou a 7,68% na semana, com cotação subindo em 3,31%, a quarta positiva seguida. Neste mês, o dólar já subiu 7,44%, enquanto no ano já está 39,72% mais alto.

No exterior, o índice do dólar valorizava-se 0,6%, a caminho de escapar da nona semana consecutiva de perdas. Dados fortes de atividade empresarial nos EUA deram respaldo global à moeda norte-americana nesta sessão.

Aqui, o mercado deu sinal de que ia tentar evitar nova alta da moeda, mas o mercado viu as negociações sobre o veto com cautela. Na véspera, a Câmara dos Deputados manteve o veto presidencial sobre o reajuste salarial a servidores públicos, logo após o Senado Federal ter derrubar a proibição no dia anterior.

O presidente Jair Bolsonaro elogiou os “muito valorosos” parlamentares do Congresso que ajudaram na manutenção de seu veto, ressaltando que tem “sócios” na casa.

Em nota, o Bradesco disse que “O tema fiscal deve continuar em destaque na próxima semana, já que o governo tem até 31 de agosto para enviar o projeto do Orçamento de 2021, com as diretrizes para cumprimento do teto de gastos. Após aumento relevante das despesas neste ano, para limitar os efeitos da pandemia, o desafio de cumprir o teto e cortar gastos persiste”.

As preocupações de ordem fiscal e a avaliação dos investidores de que o nível baixo dos juros não compensa os riscos tem impactado o valor da moeda brasileira.

Analistas do Bank of America acreditam que o dolar deve chegar R$ 5,40 no final do ano com intervenções do Banco Central.

“Esperamos que a taxa de câmbio permaneça fraca, refletindo o prêmio de risco elevado em meio ao frágil cenário macroeconômico e às baixas taxas de juros”.

Ainda nesta sexta-feira, o Banco Central vendeu 650 milhões de dólares em moeda spot, elevando a 1,79 bilhão de dólares o total colocado desde a véspera. No mercado, a ação é vista como uma reação a saídas de recursos mais significativas.

Felipe Pellegrini, gerente de tesouraria do Travelex Bank, avaliou que o real tem sido pressionado nas últimas semanas a despeito de alguma melhora no bloco de moedas emergentes. Para Pellegrini, a falta de novas informações negativas para o câmbio podem indicar que a depreciação chegou a um limite.

“Existe uma resistência forte nos 5,70 reais. Se o dólar não passar desse nível e se as notícias ajudarem, você tem um acúmulo de posições que podem ser desfeitas, ajudando o dólar a buscar talvez os R$ 5,40”, concluiu.

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