É possível sacar o FGTS mesmo sem ter perdido o emprego?

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) funciona como uma poupança do trabalhador com carteira assinada que atua sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele é comumente liberado em caso de demissão sem justa, aposentadoria ou quando o cidadão é acometido por uma doença grave.

Porém, é possível realizar o saque do benefício mesmo atuando no emprego em que a conta é vinculada. Para isso, existe a modalidade de saque-aniversário, criada pelo governo federal em 2019 e implementada oficialmente em 2020.

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Pela sistemática do saque-aniversário, o trabalhador consegue retirar parte do saldo da conta do FGTS todos os anos e no mês de aniversário. Assim que o pagamento é liberado, os valores ficam disponíveis para saque até o último dia útil do segundo mês subsequente ao da liberação do benefício.

Sobre o valor disponibilizado, o trabalhador que fizer a opção poderá sacar uma porcentagem do saldo do FGTS, que pode vir acrescido ou não de parcela adicional. Acompanhe a tabela abaixo:

Limite das faixas de saldo (em R$)	Alíquota	Parcela Adicional (em R$)
Até 500	50%	–
De 500,01 até 1.000	40%	50
De 1.000,01 até 5.000	30%	150
De 5.000,01 até 10.000	20%	650
De 10000,01 até 15.000	15%	1150
De 15.000,01 até 20.000	10%	1.900
Acima de 20.000,01	5%	2.900

Fonte: Caixa Econômica Federal

Mas atenção! O trabalhador que migrar para a sistemática do saque-aniversário e quiser voltar à modalidade de saque rescisão poderá requerer a reversão a qualquer momento. No entanto, a alteração só entrará em vigor no primeiro dia do 25º mês da solicitação, ou seja, depois de aproximadamente dois anos.