Empresas
Eletrobras: Funcionários irão entrar em greve em de 10 de junho
Companhia foi privatizada em 2022.
Os trabalhadores da Eletrobras (ELET3; ELET6) decidiram, em assembleias realizadas, rejeitar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/26 e iniciar uma greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, 10 de junho.
O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) também comunicou que a categoria optou por solicitar a mediação pré-processual no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A empresa, privatizada há dois anos, propõe cortes para funcionários que recebem acima de R$ 16 mil.
Aqueles com salários superiores a R$ 6 mil não teriam reajuste salarial por dois anos, enquanto haveria um reajuste de 100% do IPCA para aqueles que recebem menos do que esse valor. Além disso, os benefícios dos funcionários não seriam reajustados durante o período.
A Eletrobras, por sua vez, declarou que ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre a greve e ressaltou que a proposta foi resultado de extensas negociações realizadas nos últimos dois meses.
Eletrobras (ELET3; ELET6)
A companhia anunciou que seu conselho de administração aprovou uma captação de até R$ 10,9 bilhões em dívida, de acordo com um comunicado divulgado ao mercado.
Deste total, até R$ 4 bilhões serão obtidos por meio de uma captação de recursos financeiros no exterior junto ao Citibank, com um prazo de até 2 anos contados a partir da data de desembolso dos recursos, conforme informado pela empresa de energia.
Além disso, está prevista a realização da segunda emissão de notas comerciais escriturais, em série única, pela Eletrobras, no valor total de R$ 2 bilhões.
Por fim, a controlada Chesf planeja realizar a terceira emissão de debêntures simples, em série única, no valor total de R$ 4,9 bilhões, com vencimento em 15 de junho de 2031.
Prumo
No mesmo dia, a Eletrobras e a Prumo assinaram um memorando de entendimento para a produção de hidrogênio verde e derivados no Porto de Açu (RJ), em uma iniciativa que inclui a instalação de uma planta-piloto e estudos para projetos de maior escala.
O acordo visa fornecer energia hidrelétrica competitiva da Eletrobras para projetos de hidrogênio de baixo carbono destinados a indústrias relacionadas à transição energética no porto do norte fluminense, operado pela Prumo, que é controlada pela EIG e Mubadala.
Essa parceria combina as vantagens competitivas de ambos os lados: a estabilidade energética da Eletrobras e a infraestrutura já licenciada e conectada à rede elétrica do Porto de Açu. Isso reduz os custos de produção do combustível renovável, tornando-o viável em seu estágio inicial de desenvolvimento no Brasil, de acordo com as empresas.
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