Investimentos
Em alta, investimento no exterior exige cuidados com impostos e taxações
Cada vez mais populares, investimentos no exterior funcionam como uma alternativa para diversificar a carteira, mas também apresentam desvantagens.
Incluir na carteira de investimentos algumas ações no exterior é uma das maiores recomendações dos analistas atualmente. Essa é uma alternativa para diversificação de risco frente a possíveis choques internacionais ou nacionais. No entanto, antes de investir, é necessário redobrar a atenção com relação a algumas questões, como impostos, exigências fiscais, entre outros.
Christiano Chagas Monteiro de Melo, sócio do escritório Demarest, afirma que a procura por investimentos no exterior se dá pela “queda na taxa de juros a 2%. É uma busca menos ligada à segurança e mais à rentabilidade”. Ainda segundo ele, os destinos mais buscados para investir são os Estados Unidos, Europa e Ásia.
Para conhecer os riscos, primeiro é necessário saber como os investimentos são feitos.
Fundo brasileiro que investe no exterior
Nesse caso, a pessoa física brasileira pode comprar, em reais, cotas de um fundo no Brasil, regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Essa, por sua vez, fica responsável pela aplicação de recursos em ativos no exterior. A tributação e a sucessão funcionam exatamente como nas aplicações em fundos no Brasil.
Para Melo, a desvantagem dessa forma de investimento no exterior, “é que não é o investidor quem escolhe a alocação nos ativos, mas o gestor do fundo”. Além disso, há o custo mais alto das taxas de administração que, nesse caso, são duas: a do fundo local e a do estrangeiro.
Investimento direto em ativos estrangeiros
Essa forma de investir no exterior consiste na abertura de cadastro em uma corretora no país, e transferência de dinheiro para essa conta (mediante operação de câmbio). Em seguida, o investidor deve adquirir os ativos no exterior, em forma de ações, debêntures, cotas de fundo, etc.
As desvantagens ficam por conta da tributação dos rendimentos em base mensal e uma possível falta de familiaridade com o mercado no qual o investidor está trabalhando. Isso significa que pode ser necessário gastar com especialistas em investimentos e impostos.
Investimento no exterior via empresa
Nesse caso, o investidor cria uma empresa e, a partir dela, passa a comprar ativos no exterior, de modo que a pessoa física faz um contrato de câmbio com o objetivo de enviar dinheiro para a conta bancária da companhia e aumentar o capital, e a pessoa jurídica, por sua vez, faz as aplicações em ativos no exterior.
Apesar de rentável, existem grandes desvantagens em caso de morte do investidor, pois é necessário um inventário no país onde a empresa foi registrada, antes de transferir as ações da companhia aos herdeiros.
Investimentos em ativos no exterior via BDRs
Essa forma de investimentos no exterior é uma novidade, portanto, ainda é cedo para avaliar as desvantagens. Ela consiste na aquisição de Brazilian Depositary Receipts (BDRs), ou depósitos de valores mobiliários. Esses, por sua vez, permitem o acesso a ações, fundos de índice (ETFs, fundos negociados em bolsa) e títulos de dívida no exterior.
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