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Agronegócio

Embrapa afirma que eucaliptos contribuem na redução do efeito estufa

Florestas plantadas podem ser uma alternativa eficaz para reduzir a pressão sobre a vegetação nativa, contribuindo para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas

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Um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou que, em termos de redução de gases de efeito estufa (GEEs), as florestas plantadas com eucalipto têm comportamento semelhante às florestas com vegetação nativa do Cerrado.

Segundo pesquisadores da Embrapa Cerrados (DF), o estudo comprovou que, no período de avaliação, as emissões de óxido nitroso (N2O) e metano (CH4) nas duas regiões ainda eram muito baixas, mesmo com manejos e datas de plantio diferentes. Esse resultado mostra que as plantações florestais podem ser uma alternativa eficaz para reduzir a pressão sobre a vegetação nativa e ajudar a amenizar o impacto das mudanças climáticas.

De acordo com a pesquisadora responsável pelo estudo, Alexsandra Oliveira, as florestas de eucalipto contribuem na diminuição dos fluxos de GEEs. “O resultado representa uma importante contribuição para a melhor compreensão da dinâmica dos fluxos de GEEs em plantações de florestas comerciais na região do Cerrado”, afirma.

Os fluxos médios de metano (CH4) permaneceram negativos, indicando potencial de mitigação, enquanto valores positivos correspondem às emissões para a atmosfera. Em média, as florestas de eucalipto absorvem aproximadamente 1,5 kg CH4/ha/ano, enquanto a área do Cerradão, elas chegam a absorver 1,1 kg CH4/ha/ano. O estudo apontou que esses valores são consistentes com relatos na literatura científica de que florestas e savanas indicam que o metano é capturado da atmosfera, uma vez que a quantidade de consumo ambiental é maior do que a quantidade produzida.

Ainda são poucos os estudos feitos sobre o potencial de emissão ou consumo de GEEs (CH4 e N20) em plantações comerciais de eucalipto no Cerrado e por florestas nativas. Levando em relação as mudanças nos fluxos dos GEEs, a alternativa de uso da terra promove alterações nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, onde os solos das florestas podem ser grandes emissores de N2O e atuar como drenos de CH4 e C02 (gás carbônico).

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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