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Emprego nos EUA, Ásia negativa e ‘mau humor’ com reforma do IR fecham semana

Investidor não assimilou taxação de dividendos, mesmo reduzida a 15%

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Crédito: Invest exame

Com os índices futuros norte-americanos registrando ‘leves altas’ nesta sexta-feira (3), as bolsas mundiais fecham a semana na expectativa pela divulgação do relatório de agosto do Departamento de Emprego dos Estados Unidos, sobre folhas de pagamento não agrícolas, o que poderá trazer pistas sobre a forma de desaceleração do programa de compra mensal de ativos (US$ 120 milhões) pelo Federal Reserve (Fed) – banco central ianque – à medida que se aquece a maior economia mundial.

China ‘esfria’ – Sorte diversa apresentam as bolsas asiáticas, a maioria em queda, por conta do recuo do Índice do Gerente de Compras (PMI na sigla em inglês) Caixin/Markit de manufatura, de 54,9 pontos em julho, que despencou para 46,7 pontos, no mês passado, reforçando a preocupação local com o ‘esfriamento’ econômico chinês. Reforça a tendência adversa, a contração, pela primeira vez, desde o início de 2020, do setor de manufatura, hoje abaixo da marca de 50 pontos.

Kospi é exceção – Em consequência, na China, o índice Shanghai composto caiu 0,55%; o Hang Seng (Hong Kong) encolheu 0,89% – puxado pela baixa de 3% nos papéis da Alibaba, após a empresa divulgar que pretende investir US$ 15,5 bilhões até 2025. Na Coreia do Sul, o Kospi descolou, avançando 0,84%. Mesmo assim, o minério de ferro negociado na Bolsa de Dalian (China) mantinha a tendência altista, avançando 1,42% (a 786 iuanes), o equivalente a US$ 121,84, no período de 24 horas.

Europa forte – Na Europa, o índice Stoxx 600 – composto por ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países do continente – mostrou estabilidade, apesar da queda, de 60,2 pontos para 59, do PMI composto final IHS Markit da Zona do Euro. Este percentual, apontam analistas, indica que a atividade de negócios na Zona do Euro se manteve forte em agosto, a despeito do impacto da variante Delta do coronavírus.

Crise hídrica – No Brasil, a crise hídrica do país começa a chamar mais atenção, a exemplo da divulgação, nesta sexta, pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), dos dados sobre carga de energia e afluência de chuvas, enquanto a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulga o preço de liquidação de diferenças (PLD) mais recente.

Mercado descolado – O mercado tupiniquim também deve ficar atento ao descolamento, já marcado para a próxima semana, entre o Ibovespa e Wall Street, uma vez que o primeiro ficará fechado na terça (7), feriado de Independência, ao passo que o segundo não abrirá na segunda (6), o que pode indicar alguma volatilidade extra para a bolsa brasileira nesse período. A previsão é que ambos só deverão funcionar conjuntamente a partir da quarta (8). O mercado também acompanha eventuais declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, que participam de eventos, ao longo do dia,

Investidor azedou – Talvez mais do que os do exterior, fatores internos vêm pesando muito no ânimo dos negócios por aqui, a exemplo da aprovação da insossa taxação de dividendos (de 20% para 15%), no contexto da reforma do Imposto de Renda (IR) aprovada pela Câmara – além da interminável discussão do destino dos precatórios e seu impacto fiscal – acabou azedando a disposição dos investidores. Prova disso, o   Ibovespa despencou 2,28%, somente na quinta (2), não passando dos 116.677,08 pontos.

Perdas bilionárias – Se mantido do jeito que está, o texto da reforma poderá impor perdas entre R$ 9,3 bilhões e R$ 9,9 bilhões a estados e municípios, segundo levantamento feito pelo Comitê de Secretários de Fazenda dos Estados e Municípios (Comsefaz), além da própria União, que perderia outros R$ 22,1 bilhões. Esses fatores devem exercer pressão para que a matéria seja alterada, no sentido de tornar mais ampla a reforma tributária em tramitação no Legislativo.

Principais indicadores  

Estados Unidos

*Dow Jones Futuro (EUA), +0,17%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,19%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,12%

Europa

*FTSE 100 (Reino Unido), +0,18%
*Dax (Alemanha), +0,1%
*CAC 40 (França), -0,38%
*FTSE MIB (Itália), -0,01%

Ásia

*Nikkei (Japão), +2,05% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,43% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,72% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,79% (fechado)

Commodities e Bitcoin

*Petróleo WTI, +0,429%, a US$ 70,26 o barril
*Petróleo Brent, +0,64%, a US$ 73,5 o barril
*Bitcoin, +0,46%, a US$ 50.221,2
*Sobre o minério: contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian registram alta de 1,42%, cotados a 786 iuanes, equivalente hoje a US$ 121,84 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,45

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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