Agronegócio
Empresa brasileira lidera poluição global no setor de carne
JBS está no topo das emissões de gases de efeito estufa no setor de carnes, segundo a Changing Markets.
Um recente estudo da organização Changing Markets trouxe à tona dados preocupantes sobre o impacto ambiental do setor de carne.
A empresa brasileira JBS, com sede em São Paulo, foi identificada como a principal emissora de gases de efeito estufa (GEE) na indústria da carne, destacando-se por suas elevadas emissões.
Em 2021, a JBS foi responsável por cerca de 287,9 milhões de toneladas de gás carbônico, conforme números divulgados pela organização.
O relatório visa expor irregularidades ambientais e incentivar práticas mais sustentáveis nas grandes indústrias. Esses dados revelam o grande desafio ambiental que as empresas do setor enfrentam.
Além da JBS, outras marcas tiveram destaque no levantamento, como a Cargill, dos Estados Unidos, listada em segundo lugar, com 244,5 MtCO2e, seguida pela Tyson Foods, também dos EUA, que emitiu 104,1 MtCO2e. A lista se completa com a brasileira Marfrig e a chinesa WH Group.
JBS apresenta índices contrários a suas metas em relação a impactos ambientais – Imagem: reprodução/J.F. Diorio/Estadão
Metodologia e impacto ambiental
Para compor o levantamento, a Changing Markets utilizou dados divulgados pelas próprias empresas, além de estimativas de áreas não contabilizadas nos registros oficiais. O estudo sugere que várias companhias podem subestimar suas emissões devido à falta de transparência na cadeia de suprimentos.
O relatório enfatiza a dificuldade em avaliar completamente o impacto ambiental, especialmente quando as emissões são subestimadas. Isso levanta questões sobre a veracidade dos dados divulgados e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa nas práticas ambientais.
Desafios e compromissos do setor
A JBS, embora tenha anunciado metas ambiciosas em 2021 para zerar suas emissões até 2040, enfrenta críticas sobre o comprometimento real com essas promessas.
Jason Weller, diretor global de sustentabilidade da empresa, afirmou que a meta era mais uma aspiração do que um compromisso formalizado.
Tal declaração ressoa em um contexto no qual ações concretas são demandadas pela sociedade para mitigar os efeitos do aquecimento global.
O setor de carne, como um dos maiores contribuidores para as mudanças climáticas, precisa urgentemente alinhar-se a práticas mais sustentáveis e garantir a transparência em suas operações.
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