Empresa de Trump processa ministro Alexandre de Moraes

A Trump Media & Technology Group, pertencente ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ingressou com um processo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, acusando-o de censura ilegal contra a direita nas redes sociais. O processo foi protocolado em um tribunal federal em Tampa, Flórida, dia 19, de acordo com informações do New York Times.

Além da Trump Media, o processo também conta com a participação da plataforma de vídeos Rumble, com sede na Flórida, que recentemente retornou às operações no Brasil. A Rumble havia saído do ar no país em 2022, após uma polêmica envolvendo o influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark. A plataforma, popular entre políticos e influenciadores conservadores, foi acusada de ceder às pressões do STF para remover contas de comentaristas de direita brasileiros, o que, segundo as empresas, configura violação à Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão.

O Rumble, que voltou a atuar no Brasil em fevereiro de 2025, argumenta que as ações de Moraes contra a plataforma e seus usuários infringem a liberdade de discurso, censurando o debate político, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Por outro lado, Moraes defende suas ações como necessárias para proteger o país de ameaças antidemocráticas.

Alexandre de Moraes

A acusação de censura se concentra em um episódio específico, no qual Moraes determinou que o Rumble removesse as contas de comentaristas brasileiros de direita, em conformidade com uma ordem do STF. A plataforma alega que a remoção de conteúdo, sem distinção entre o ilícito e o não ilícito, configura censura, o que vai contra os princípios da liberdade de expressão.

O New York Times também destaca que, poucas horas antes do anúncio do processo, o STF deveria decidir sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem criticado a atuação de Moraes. Em janeiro deste ano, Bolsonaro apelou a Trump, pedindo sua intervenção para que Moraes fosse responsabilizado, afirmando que o sistema brasileiro não busca sua prisão, mas sim sua eliminação.