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Economia

Empresas alimentícias defendem que Reino Unido atue com firmeza para proteção de florestas tropicais

Britânicos estão criando uma legislação para obrigar a indústria de alimentos a ampliar a supervisão sobre suas redes de suprimento.

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O Reino Unido precisa endurecer um plano para barrar a devastação de florestas tropicais para a plantação de commodities como soja e cacau, defenderam nesta segunda-feira redes de supermercados, fabricantes de alimentos e restaurantes.

Os britânicos estão criando uma legislação para obrigar a indústria de alimentos a ampliar a supervisão sobre suas redes de suprimentos, em meio a críticas por seu papel na destruição de florestas tropicais em países como Brasil e Indonésia.

Cerca de 20 grandes companhias consideraram os planos um “passo adiante”, mas disseram que ele “não é suficiente para interromper o desmatamento e defendemos que o governo avance para resolver esta questão”, em uma carta aberta.

Grandes redes supermercadistas como Tesco e Marks & Spencer, fabricantes de alimentos como Unilever e Nestlé, redes de fast food como McDonald’s e vários pecuaristas do país assinaram a carta.

O objetivo da nova lei é aplicar penalidades legais contra empresas que forem coniventes com práticas de desmatamento, expandindo uma série de ações voluntárias guiadas pela própria indústria e que têm sofrido diversas críticas de grupos ambientais.

Mas empresas dizem que preferem uma orientação clara do governo para a criação de padrões legais, ao invés de um mar de medidas voluntárias.

A legislação do Reino Unido prevê que grandes empresas terão que informar como obtêm suas commodities tropicais. As companhias também serão impedidas de usar produtos que forem obtidos a partir da devastação ambiental em seu país de origem.

Contudo, as empresas que escrever a carta defendem que a proposta tem uma grande brecha, já que agricultores em países desenvolvidos podem destruir florestas para plantação de culturas voltadas à exportação sem quebrarem nenhuma lei.

Nesse sentido, as empresas querem que a nova legislação britânica se estenda a todos os processos de desmatamento, não somente aos casos onde a destruição é ilegal.

“A legislação proposta vai continuar a permitir desflorestamento crescente em países como Indonésia e Brasil”, afirmou o diretor do grupo Mighty Earth no Reino Unido, Robin Willoughby.

Outro ponto de preocupação das companhias é que a legislação não vai incluir as empresas menores, que podem comprar grandes quantidades de produtos como borracha de regiões florestais ameaçadas.

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