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Empresas: comprometimento para além do Mês do Orgulho?
No Mês do Orgulho, diversas empresas tentam se comprometer com a pauta LGBTBIAP+. No entanto, quando o mês passa, isso continua?
No Mês do Orgulho, comemorado no mês de junho, torna-se o período no qual todo ano as empresas concentram-se em questões voltadas a temática LGBTQIAP+, momento em que as instituições empenham-se no objetivo de traçar metas estratégicas e que sejam efetivas, além de políticas corporativas voltadas para a inclusão desta parcela da população.
Veja também: Orgulho LGBTQIA+: veja empresas que apoiam a causa com ações
Isso se dá, tanto na busca por um quadro de diversidade entre seus funcionários ou, até mesmo, através de iniciativas sociais de apoio e fomento à igualdade e à diversidade.
No entanto, essa discussão vem crescendo de forma demasiada ao transcorrer dos anos, tornando-se possível notar que, cada vez mais, um número maior de empresas está mostrando um grande interesse em corrigir suas posturas referente a essas pautas.
Nessa perspectiva, um estudo que foi divulgado em 2021, pelo Boston Consulting Group (BCG), fez o mapeamento das experiências de pessoas queer no mercado de trabalho, incluindo dados que refletiam a realidade do Brasil.
Dessa forma, de acordo com a pesquisa, chamada de “Why The First Year Matters For LGTBQ+ Employees (por que o primeiro ano importa para empregados LGBTQ+?, em tradução livre)“, 77% das pessoas já sofreram algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho, ainda mais no ambiente corporativo.
Em vista desse quadro, com a finalidade de confrontar essa triste realidade, a Localiza, rede brasileira de lojas especializadas em aluguéis de veículos, vem prestando um grande serviço nessa questão.
A empresa já recebeu em 22º lugar, em uma lista de 38 Melhores Lugares para Trabalhar para Pessoas LGBTI+ 2022, promovida pelo Instituto Mais Diversidade, em parceria com o Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, e a Human Rights Campaign Foundation (HRC).
Destarte, há dois anos, a empresa fez a fundação do Programa de Diversidade que abarca cinco frentes, uma delas é a LGBT+.
“Nós criamos um Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão. Esse Comitê envolve a diretoria e também os grupos de afinidade, que são cinco no total: gênero, pessoas com deficiência, raça, pessoas refugiadas e o grupo LGBT+”, explica o padrinho da frente LGBT+ do Programa de Diversidade da empresa, Jairo Barbosa.
Por fim, diz que “poderia dizer que foi um amadurecimento da empresa. Veio da concentração da alta liderança em aceitar e dizer que o mundo mudou. Respeitar as minorias não é mais algo opcional, agora é obrigatório. A alta liderança abraçou essa causa, entendeu a necessidade de ter uma empresa e construir uma sociedade mais justa“.
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