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Empréstimo de até R$ 2,5 mil com celular como garantia; Entenda como funciona

Opções de microcrédito que aceitam aparelhos celulares como garantia de pagamento da dívida aumentam no país.

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Empréstimo com celular de garantia

A busca por crédito no Brasil cresceu 24,5% entre agosto deste ano e o mesmo período de 2020. De acordo com dados da Serasa Experian, o destaque foi para clientes com renda de até R$ 500 por mês (35,5% do total), público que costuma encontrar dificuldade para acessar empréstimos pessoais.

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De olho nessa parcela dos consumidores, algumas empresas criaram linhas de microcrédito que aceitam celulares como garantia de pagamento.

“Percebemos uma lacuna muito grande de produto de crédito para o perfil de cliente que a gente tinha: que ganha um ou dois salários mínimos, 35% a 40% de trabalhadores informais, 45% da base negativada. Mas sabemos que há mais smartphones do que pessoas no Brasil atualmente. Então entendemos que aceitar o celular como garantia permitiria crescer essa taxa de aprovação de crédito, sendo muitas vezes uma porta de entrada para o cliente que só tem esse bem para fazer sua recuperação financeira”, explica Antonio Brito, CEO da SuperSim.

O valor máximo do empréstimo costuma ser de R$ 2,5 mil, com contratação 100% digital e em poucos minutos. Cerca de 80% dos aparelhos Android são aceitos como garantia, modalidade que oferece redução nas taxas de juros que seriam aplicadas originalmente.

Mas caso deixe de pagar as parcelas, o consumidor pode ficar sem um bem muito importante. Rafael Rodrigues, diretor comercial do Bom Pra Crédito, explica que quando há inadimplência, “o celular é travado para uso, e o cliente tem acesso somente a ligações de emergência”.

Na Brelo, uma das empresas que aposta nessa modalidade de empréstimo, a avaliação do celular é feita de forma remota. Além de analisar as condições do celular, “o sistema verifica o modelo exato do aparelho, e faz uma pesquisa do preço do usado nos principais sites de compra e venda”, diz Fran Pasquini, cofundador da Brelo.

Vale a pena?

Para Klaus Suppion, coordenador de Ciências Contábeis da Universidade Metodista de São Paulo, é importante avaliar cuidadosamente as condições antes de contratar esse tipo de crédito. Em geral, os juros da modalidade variam de 10% a 18% ao mês.

“A minha avaliação é que ela só é válida para pagar uma conta em que o juros está mais alto do que o oferecido ou para necessidades extremamente emergenciais, como uma cirurgia, em que a pessoa precisa do crédito de forma rápida”, avalia.

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