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Entenda! Falha descoberta em redes Wi-Fi pode afetar aparelhos Android e iOS

Pesquisa científica dos EUA em parceria com a Bélgica descobriu vulnerabilidade que facilita a ação de invasores e acesso a dados dos usuários

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O internauta não tem um minuto de paz. A ameaça de insegurança, agora, vem de uma falha encontrada no protocolo utilizado em redes Wi-Fi e que consegue afetar aparelhos com sistema Android, iOS ou Linux.

A vulnerabilidade foi detectada por uma investigação feita por especialistas da Universidade Northeastern, nos Estados Unidos, em parceria com a KU Leuven, da Bélgica.

Conforme o estudo, publicado no final de março, a falha possibilita que invasores sequestrem o tráfego de rede em diferentes dispositivos, colocando os usuários em risco.

O problema, basicamente, está na maneira como o padrão Wi-Fi IEEE 802.11 lida com pacotes de informação, que preservam dados dos aparelhos e do tráfego online, além de detalhes essenciais para o funcionamento da rede.

Como a falha acontece?

A falha se dá porque o conjunto de informações é enfileirado e transmitido de forma organizada, mas os dados ficam vulneráveis caso os dispositivos estejam com o modo economia ativado.

Se o celular estiver com essa configuração, por exemplo, o padrão wireless não envia as instruções de segurança. Isso facilita a ação do invasor, com interceptação do pacote.

Para conseguir acessar o aparelho, o cibercriminoso precisa promover a desconexão forçada da vítima, copiar o endereço MAC do aparelho e enviar quadros falsos de economia de energia para gerar uma nova fila de dados.

Outra alternativa possível que facilita a ação dos invasores é a substituição das chaves de criptografia originais da rede por versões manipuladas.

Fabricante identifica falha

Até o momento, não existem indícios claros de que essa vulnerabilidade tenha sido explorada por criminosos, mas os pesquisadores alertam que o bug pode acelerar a instalação de conteúdos maliciosos nos dispositivos.

Os testes da investigação foram feitos em equipamentos de rede e roteadores de marcas como Cisco, D-Link, Aruba, Asus e Lancom. A Cisco foi a única, até então, a se pronunciar sobre o caso e admitiu a falha.

A empresa acredita que os impactos são mínimos, em razão da baixa quantidade de informações acessadas por um invasor. Para que isso ocorra, no entanto, a rede deve estar com as configurações de segurança ajustadas.

Em complemento, a Cisco recomendou a implementação de camadas extras de proteção para tornar os dados, possivelmente sequestrados, em inutilizáveis.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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