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Entenda o futuro da Gol após entrar em recuperação judicial
Apesar da situação, a Gol assegura que suas operações de voos de passageiros e de carga, bem como o programa de fidelidade Smiles, continuarão normalmente.
A Gol, uma das principais companhias aéreas do Brasil, enfrenta um momento crucial com sua primeira audiência na Justiça americana para o processo de recuperação judicial. Essa audiência, agendada para a segunda-feira, dia 29, às 9h, ocorre após a aceitação do pedido da empresa para aderir ao Chapter 11 pelo Tribunal de Nova York na sexta-feira anterior.
Audiência decisiva e empréstimo planejado
Durante essa audiência, a Gol buscará a aprovação de um empréstimo significativo com os credores de sua controladora, a Abra. Esse acordo foi anunciado na quinta-feira, 25, quando a companhia revelou seu pedido de Chapter 11, incluindo um empréstimo de US$ 950 milhões na modalidade “debtor in possession” (DIP) pelos bondholders da Abra.
Os detentores da dívida da Abra já possuíam conhecimento aprofundado da Gol, destacou Celso Ferrer, CEO da Gol, em uma coletiva de imprensa.
Impacto no mercado e dívidas da companhia
As ações da Gol sofreram uma queda significativa de 8,07% na sexta-feira, fechando a R$ 5,92, o que resultou em uma perda de R$ 179,31 milhões no valor de mercado da empresa. Com isso, a Gol passou a valer menos de R$ 2 bilhões pela primeira vez desde março de 2023.
Quanto à dívida da Gol, os documentos do processo de recuperação judicial mostram um passivo total de cerca de R$ 41 bilhões. Isso inclui R$ 20 bilhões em dívidas até o final de setembro, dos quais R$ 9,3 bilhões são em títulos de dívida e R$ 9,8 bilhões com arrendadores de aeronaves.
No curto prazo, a empresa tem que lidar com vencimentos de R$ 1,8 bilhão com arrendadores e outros R$ 1,1 bilhão em dívidas financeiras.
Credores e expectativas futuras
A Gol divulgou uma lista com seus 30 maiores credores, incluindo o banco BNY Mellon, o Comando da Aeronáutica, a distribuidora de combustível Vibra, a Boeing, o Grupo Air France-KLM e a Localiza.
Apesar da magnitude da dívida, Ferrer acredita que o processo de recuperação da Gol será “substancialmente” mais rápido do que os processos enfrentados por Latam e pela Avianca colombiana, que levaram cerca de dois anos.
Rebaixamento de ratings
As agências Fitch e S&P rebaixaram as notas de crédito da Gol para o status de inadimplência, com a Fitch reduzindo as notas de “CCC-” para “D” e a S&P fazendo o mesmo corte em suas avaliações. A nota “D”, ou default, indica uma percepção de que a empresa pode não cumprir com suas obrigações financeiras atuais.
E os voos, serão afetados?
Apesar dessa situação desafiadora, a Gol assegura que suas operações de voos de passageiros e de carga, bem como o programa de fidelidade Smiles, continuarão normalmente. Ferrer afirmou: “Não vemos necessidade de redução de frota. O foco é reorganizar os passivos que ficaram em relação às aeronaves”. Ele também garantiu que não há planos para reduzir destinos ou pessoal.

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