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Greve na Argentina: Latam e Gol cancelam voos para país vizinho
Nação em crise política e econômica.
As companhias aéreas brasileiras Latam e Gol cancelaram os voos programados para a Argentina dia 28 devido à greve dos trabalhadores aeroportuários no país vizinho. Em resposta, as empresas garantiram aos passageiros afetados a possibilidade de reagendar seus voos para datas alternativas, sem encargos adicionais.
Segundo a Gol, a paralisação dos funcionários argentinos impactou os aeroportos de Buenos Aires, Córdoba e Rosário, locais que receberiam os voos da empresa para o dia de hoje.
“A todos os clientes será oferecido o reagendamento dos voos para outras datas, sem qualquer custo adicional, de acordo com as preferências individuais de cada passageiro. Os clientes com reservas para esta data estão sendo comunicados por e-mail e SMS, com base nas informações fornecidas no momento da compra, e já podem efetuar as alterações de seus bilhetes por meio dos canais digitais da Gol”, declarou a companhia.
Para os passageiros que adquiriram seus bilhetes por meio de agências de viagens, a Gol recomendou entrar em contato diretamente com os representantes dessas agências.
Greve na Argentina
A Latam explicou que o cancelamento dos voos se fez necessário devido à paralisação dos trabalhadores, responsáveis por tarefas como a transferência de passageiros e bagagens entre as instalações das companhias aéreas e as aeronaves.
A empresa ofereceu aos clientes a opção de reagendar suas viagens para até um ano após a data original do voo, mantendo as mesmas origens e destinos do itinerário original. Além disso, a Latam disponibilizou o reembolso integral dos bilhetes não utilizados.
A greve foi realizada pelos trabalhadores da Intercargo, empresa argentina responsável pela infraestrutura dos aeroportos, e da companhia aérea Aerolíneas Argentina, devido a questões salariais. A Aerolíneas Argentina informou que cancelou 331 voos programados para o dia, afetando aproximadamente 24 mil passageiros.
Segundo a Associação do Pessoal Aeronáutico (APA), que representa uma das categorias em greve, as empresas ofereceram um reajuste salarial de 12%, enquanto a defasagem salarial estaria em torno de 70%.
A Argentina tem enfrentado altas taxas de inflação nos últimos anos, registrando um aumento de 20,6% nos preços ao consumidor somente em janeiro deste ano. Nos últimos 12 meses, a variação de preços chega a 254%, conforme dados do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec).
(Com Agência Brasil).
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