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Entenda o que é uma pirâmide financeira e como não cair nesse golpe

Entenda o funcionamento das pirâmides financeiras, as principais fraudes históricas e como identificar e denunciar esses esquemas fraudulentos.

Apesar de ter se passado um século desde o surgimento das pirâmides financeiras, esse golpe continua fazendo vítimas no mundo inteiro. Pessoas de diferentes perfis e classes sociais são atraídas pela promessa de lucros exorbitantes com baixo investimento.

Especialistas explicam que a longevidade desse esquema fraudulento está na sua capacidade de adaptação às tendências econômicas e sociais. Atualmente, o golpe pode ser associado a criptomoedas, enquanto antes já foi vinculado a outros produtos, como o gado.

As armadilhas financeiras têm se reinventado ao longo dos anos, mas a essência permanece inalterada: recrutamento de novos membros, que por sua vez trazem mais participantes, criando uma falsa sensação de lucratividade.

O que caracteriza uma pirâmide financeira?

O modelo é simples: um grupo é formado, e os primeiros a entrar recebem lucros dos novos membros.

Contudo, sem produto ou serviço legítimo, a estrutura está fadada ao colapso, prejudicando muitos no processo.

A estrutura do esquema

Nível Descrição
Topo Criador do esquema
Intermediários Membros que recrutam novos participantes
Base Últimos a entrar, mais propensos a perdas

Um exemplo histórico de pirâmide financeira é o esquema Ponzi. Charles Ponzi, na década de 1910, inaugurou o golpe que leva seu nome ao oferecer retornos acima do mercado, financiados pela entrada de novos investidores. A quebra veio em 1920, quando o jornal Boston Post expôs a fraude.

Outro exemplo é o de Bernie Madoff. Considerado o maior golpe da história, Madoff enganou investidores por décadas, gerando um prejuízo de US$ 65 bilhões em 2008. Seu esquema se desmantelou com a crise financeira global, levando-o à prisão.

Identificando fraudes: sinais de alerta

Para descobrir se uma proposta é um esquema de pirâmide financeira, verifique as seguintes características:

  • Promessas de lucro irreais e sem riscos aparentes.
  • Pressão para recrutar novos membros rapidamente.
  • Falta de transparência sobre produtos ou serviços oferecidos.

Thiago Bueno, procurador do Ministério Público Federal (MPF), recomenda verificar a capacidade patrimonial da empresa e a autorização para operar, especialmente no caso de criptoativos. A denúncia pode ser feita à Polícia Federal ou ao MPF, via Sala de Atendimento ao Cidadão.

Quando criptoativos estão envolvidos, a análise da denúncia é mais complexa, e a segurança é garantida, pois o denunciante pode manter o anonimato.

Em casos de perdas financeiras, é aconselhável entrar com uma ação judicial rapidamente. Para as vítimas, é bom ter em mente que a demora pode dificultar a recuperação dos valores perdidos, alerta o advogado Picanço.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

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