Conecte-se conosco

Economia

Entenda por que o atual preço global de alimentos é um dos mais altos da história

Em setembro deste ano, os preços globais dos alimentos chegaram a níveis que não eram registrados desde 2011.

Publicado

em

Dados da Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostram que os preços dos alimentos no mundo subiram quase 33% em setembro em relação a igual período de 2020. Desde julho, a alta é de 3%, chegando a níveis que não eram registrados desde 2011.

Leia mais: Para reduzir valor dos combustíveis, Bolsonaro tenta “ajuste” em contratos

O índice de preços de alimentos mensal da FAO considera uma cesta de produtos alimentícios – como azeites vegetais, cereais, carne e açúcar – para realizar uma comparação mensal. Após convertidos em índice, eles são comparados aos níveis médios praticados entre 2002 e 2004.

Esses valores são nominais, ou seja, não sofrem reajuste pela inflação. Mesmo que informem o gasto para comprar alimentos, os preços nominais não são capazes de demonstrar a facilidade com que a população tem acesso à nutrição, como é possível com os preços ajustados pela inflação (ou “reais”).

A inflação eleva o custo de um mesmo alimento, mas também faz com que o trabalhador tenha menos dinheiro para gastar, já que seu salário continua o mesmo. Mas por que essas altas recordes estão sendo observadas nos últimos meses?

Pandemia, clima e outros motivos

Além de fatores universais, os preços dos produtos também sofrem influência de fatores específicos dele mesmo e de sua região. Somando a alta do petróleo iniciada no ano passado, que elevou os custos de produção e transporte, à falta de mão-de-obra ocasionada pela pandemia, o que vemos são alimentos mais caros.

Entretanto, vale destacar que o preço médio real dos alimentos vem registrando avanços desde 2000, apesar dos esforços de organismos internacionais para reduzir a fome no mundo.

Outro fator importantíssimo nesse cenário é o clima, que não tem contribuído para a produção de óleos vegetais. Com isso, o índice de preços dos óleos comestíveis disparou 16,9% entre 2019 e 2020.

No Brasil, o açúcar também sofreu com o clima desfavorável, especialmente com a geada. A redução na oferta inflou os preços da categoria.

Embora não seja possível citar exatamente todos os motivos para a alta nos preços dos alimentos, o clima tem sido um grande vilão. Levando em conta todos esses dados, é possível dizer que a situação climática precisa ser resolvida com urgência como forma de garantir a segurança alimentar da população mundial.

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS