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Equatorial pretende fazer aquisições para manter trajetória de crescimento, diz CEO

Entre as possibilidades está a compra de mais empresas de distribuição.

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A Equatorial Energia planeja manter um curso de expansão, o que incluirá a avaliação de diversas oportunidades de aquisições conforme elas apareçam no mercado, após a empresa ter encerrado o terceiro trimestre com forte posição de caixa, afirmou nesta segunda-feira Augusto Miranda, o presidente da companhia.

Com operações em distribuição e transmissão de energia, a empresa fechou em 2018 a aquisição de distribuidoras de energia da Eletrobras no Piauí e no Alagoas, sendo que nesse último Estado ainda participou recentemente de um leilão de saneamento.

Em teleconferência com analistas e investidores, o CEO disse: “Eu queria destacar que hoje nós temos uma área de M&A (fusões e aquisições) muito, muito madura, tanto é que estamos olhando outras oportunidades”.

Entre as possibilidades está a compra de mais empresas de distribuição, de ativos operacionais ou já licitados de transmissão de energia (“brownfield”) e até novas apostas no setor de saneamento, acrescentou Miranda.

No final de setembro, a Equatorial disputou em parceria um leilão que ofereceu a investidores a concessão para serviços de saneamento no Alagoas, mas a BRK Ambiental, da Brookfield, venceu o certame.

“Entramos bem, bem pé no chão… a gente está buscando, olhando outras coisas, buscando alargar essas oportunidades”, disse ele em referência ao leilão em Alagoas.

A companhia tão está de olho em negócios como o leilão de privatização da unidade de distribuição de energia da estatal CEB, de Brasília, programado para dezembro.

“A gente está olhando, a gente não decidiu se vai ou não. Estamos justamente vendo, vendo o valor mínimo, analisando as possibilidades, diria que estamos na fase de analisar internamente”, afirmou o executivo.

Projetos de transmissão

Miranda pontuou que a companhia encerrou o terceiro trimestre com uma grande posição de caixa, enquanto ainda tem perspectivas de aumento de geração de recursos à medida que projetos de transmissão de energia entram em operação ainda neste ano.

São quatro empreendimentos de transmissão ainda em andamento, sendo um deles em operação parcial e outros três com avanço das obras por volta de 90%.

“A entrada em operação desses projetos é um grande marco da Equatorial. A partir do ano que vem teremos parte significativa da geração de caixa livre advinda do segmento de transmissão, o que contribui para maior estabilidade do fluxo de caixa e pode ser aproveitado em novas oportunidades de crescimento”, disse o presidente da Equatorial.

Essas receitas permitirão uma “redução muito rápida da alavancagem” da elétrica, acrescentou.

Dividendos

Em meio a esse cenário, a Equatorial iniciou discussões sobre sua política de dividendos. Mas o “plano A” da companhia é manter o crescimento e o nível dos pagamentos aos acionistas está condicionado ao sucesso na execução dessa estratégia, explicou o executivo.

“Dependendo do sucesso desse nosso ‘Plano A’, a ideia é que a política de dividendos possa continuar num dividendo mais ‘confortável'”, disse ele.

“Não temos uma política muito rigorosa, de forma a permitir essa flexibilidade”, acrescentou. Segundo o executivo, a empresa fará o que entender ser a melhor opção para os acionistas.

A companhia fechou o terceiro trimestre com 7 bilhões de reais de caixa consolidado.

A alavancagem da Equatorial, medida pela relação entre dívida líquida e geração de caixa consolidada (Ebitda) ficou em 2,1 vezes, frente a 3,4 vezes em igual período do ano passado.

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