Este suplemento comum faz mal para os cabelos? De acordo com a ciência, sim!

O óleo de peixe é indicado para uma alimentação saudável, pois contém ácidos graxos ômega-3, essenciais para o funcionamento adequado do organismo humano, além de conter propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e neuroprotetoras.

Esse óleo é extraído de peixes gordurosos, como atum, salmão, sardinha e cavala, e é comumente encontrado em cápsulas ou em forma líquida, além de ser um dos ingredientes principais dos suplementos de ômega-3, que são indicados para o controle dos níveis de glicemia e colesterol.

Os benefícios do óleo de peixe para a saúde são diversos, como prevenir e tratar doenças cardiovasculares, artrite reumatoide, depressão, câncer, degeneração macular e outras condições. No entanto, nem tudo são flores quando se trata desse produto. Confira abaixo sua ligação com a calvície.

Óleo de peixe e calvície

Foi publicado um estudo na revista científica Cell Reports, onde foi sugerido que o óleo de peixe pode ter um efeito negativo sobre os cabelos, podendo contribuir para a calvície. O estudo tinha como objetivo analisar quais tipos de gordura poderiam contribuir para o crescimento de tumores cancerígenos.  

No entanto, o que descobriram foi que o óleo de peixe pode ser um causador da queda de cabelo. Por sua vez, a manteiga de cacau, alimento rico em gordura saturada, não demonstrou o mesmo potencial de favorecer à calvície.

O estudo funcionou da seguinte maneira: os pesquisadores utilizaram três grupos de camundongos e os alimentaram com dietas à base de óleo de palma, óleo de peixe e uma alimentação convencional.

Passados alguns meses, os que consumiram o óleo de peixe demonstraram a perda de pelos, o que incentivou os pesquisadores a aprofundar o estudo.

Queda capilar em humanos

De acordo com o estudo, o ômega-3 encontrado no óleo de peixe fica acumulado na pele dos mamíferos, o que pode desencadear na morte das células foliculares, consequentemente causando a queda dos fios, como os pelos dos camundongos.

No entanto, os pesquisadores ressaltam que não ficou claro ainda se o que foi verificado nos ratos pode acontecer também em humanos. De qualquer maneira, dentro do estudo eles analisam que nações que dependem de peixes gordurosos para a alimentação costumam apresentar maior incidência de calvície em relação aos demais.