Estimativa de recuo em vendas e produção de veículos no Brasil em 2020 é reduzida pela Anfavea

A indústria de veículos do Brasil revisou para baixo suas perspectivas de quedas em produção, vendas e exportações de veículos do país em 2020, após resultados melhores nos últimos meses em comparação com o primeiro semestre do ano.

Os recuos estimados pela associação de montadoras, a Anfavea, passaram a ser de 35% na produção, de 31% nas vendas e de 34% nas exportações. Na previsão de julho, a previsão era de queda de 45%, 40% e 53%, respectivamente.

No início do ano, a expectativa para o crescimento das vendas de veículos novos no Brasil em 2020 era de 9,4%, para 3,05 milhões de unidades, mas as perspectivas foram ajustadas para 1,925 milhão. Já para a produção a nova previsão é de alta de 1,915 milhão, contra crescimento de (7,3%) previsto em janeiro.

“Não podemos carimbar que esses números vão acontecer. Temos momento complicado no país, como debate sobre o teto fiscal e instabilidade política”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. Segundo ele, ainda questões há relacionadas à volatilidade do câmbio e discussões sobre aumento de carga tributária.

Em setembro, as vendas dispararam 13,3% na comparação mensal e tiveram baixa 11,6% na relação anual, acumulando perda de 32,3% em 2020, a 1,37 milhão de unidades.

Já produção saltou 4,4% no mês passado frente a agosto, para 220,16 mil unidades, mas encolheu 11% ante o mesmo mês do ano passado. De janeiro a setembro deste ano, os licenciamentos já acumulam perda de 41,1% em relação aos nove primeiros meses de 2019, quando foram licenciados 1,33 milhão de veículos.

Também em setembro, a média diária de emplacamentos foi de 9,9 mil unidades, volume considerado como “bom” por Moraes considerando o cenário atual. No mesmo mês do ano passado, as médias foram de 11,2 mil em setembro, 12 mil em novembro e 13 mil em dezembro.