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Estimativa de safra recorde neste ano sobe para 308,9 milhões de toneladas

Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE aponta alta de 17,4% (+45,7 milhões de toneladas) ante 2022

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O país deve colher este ano uma safra recorde de 308,9 milhões de toneladas, 45,7 milhões de toneladas superior (+17,4%) à apresentada no ano passado, de 263,2 milhões de toneladas, aponta o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). Esses dados, relativos a julho último, representam a avanço de 1,6 milhão de toneladas (0,5%) ante a estimativa do mês anterior.

No que toca à área colhida, a projeção do LSPA, igualmente de julho, atingiu 77,1 milhões de hectares, o que corresponde a uma alta de 5,2% (3,8 milhões de hectares), em relação a igual indicador, no ano passado. Na comparação com junho, houve aumento de 0,2% ou 118,9 mil hectares adicionais.

Mesmo diante das adversidades climáticas, apresentadas nos últimos meses, a expectativa de safra recorde foi mantida, acentua o gerente da pesquisa Carlos Barradas: “À exceção do Rio Grande do Sul, que sofreu com mais um ano de forte estiagem, as lavouras nas demais unidades da federação apresentaram boas condições de produção”, ressalta. Entretanto, o pesquisador lembra que, mesmo no estado gaúcho, os problemas no clima não foram tão graves quanto em 2022.

Para o desempenho excepcional da safra, se destaca o algodão herbáceo (em caroço), cuja projeção é de 7,4 milhões de toneladas, o que representa aumento recorde de 7,2% para a estimativa anterior, e alta de 10,2% ante 2022, em decorrência da expansão de 5,6% na área cultivada. “Essa expansão da área se dá por conta dos bons preços, concomitantemente ao clima favorável, principalmente na 2ª safra, época em que a maior parte da cultura é cultivada, impulsionando o crescimento da produção das lavouras”, explica Barradas.

Também mereceu menção o trigo, com produção estimada em 10,8 milhões de toneladas, o que equivale a uma alta de 1,2% em relação a junho e de 7,1% em relação à safra de 2022, sendo também recorde.

O milho, por sua vez, contabilizou 97,1 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 0,8% (ou 767,5 mil toneladas). “O clima favorável para esta segunda safra explica este aumento”, afirma o pesquisador. Os maiores incrementos de produção foram informados pela Bahia (43,1% ou 224, 4 mil toneladas) e Mato Grosso (1,5% ou 707,4 mil toneladas).

Item mais importante da pauta exportadora brasileira, a soja deverá ter uma safra de 148,8 milhões de toneladas, ou avanço de 0,3% (388,2 mil toneladas) na comparação com a estimativa anterior. “A recuperação da produtividade das lavouras na maior parte do País, na comparação com a média alcançada em 2022, foi o principal fator responsável por esse aumento”, explica Barradas, lembrando a exceção do Rio Grande do Sul, que sofreu com mais um ano de forte estiagem. O aumento da produção em relação ao mês anterior se deve, principalmente, ao Piauí, que teve crescimento de 4% ou 131,9 mil toneladas e na Bahia, onde houve elevação de 7,1% ou 502,4 mil toneladas. São duas unidades da Federação que plantam a soja mais tarde, então, acabam colhendo mais tarde, favorecendo a expansão da estimativa”, explica o gerente da pesquisa. Somados, arroz, o milho e a soja respondem por 92% da estimativa da produção e por 87,1% da área a ser colhida.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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