Finanças
Estudo mostra o salário mínimo ideal do Brasil; você vai se surpreender
Todo brasileiro que recebe apenas um salário mínimo sabe que ele é insuficiente para se manter. Veja qual seria o valor ideal.
O salário mínimo existe para delimitar o menor valor que o trabalhador pode receber, sendo proibido o empregador pagar um valor menor que este pelos serviços prestados. Assim, o salário mínimo deve ser capaz de “satisfazer suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte”, segundo a legislação trabalhista.
Porém, todo trabalhador que recebe apenas um salário mínimo sabe que esse valor não é suficiente para se manter de forma tranquila, ainda mais para famílias que precisam pagar aluguel. O salário mínimo brasileiro chega a ser cinco vezes inferior ao valor adequado para sustentar uma família de quatro pessoas.
Ainda assim, com o aumento da inflação, o salário mínimo não tem dado conta de todos os aumentos de preços, principalmente com a questão de alimentação. Cada dia mais o brasileiro perde o seu poder de compra e isso é ruim para toda a economia do país.
Apesar disso, o aumento anual do salário mínimo se dará em relação ao aumento da inflação, o que não se considera um aumento real na vida financeira dos trabalhadores. Isso porque ele apenas equipará o poder de compra dos brasileiros a antes do aumento da inflação.
O valor mínimo de salário é referência para o pagamento de mais de 56,7 milhões de brasileiros, sendo que 24,2 milhões destes estão segurados no INSS como aposentados, pensionistas ou beneficiários de algum outro auxílio.
Agora que vimos que o salário mínimo pago hoje não é o ideal, quanto seria o justo a ser pago a um trabalhador brasileiro?
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo no Brasil deveria ultrapassar os R$ 6 mil. Todos os meses, o órgão divulga a estimativa do que seria um salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas, e só em agosto esse valor foi R$ 6.388,55.
“A gente está em uma situação de carestia elevada. Então o trabalhador acaba sendo duplamente afetado. Ele tanto sofre com os custos e os preços altos dos alimentos, principalmente, mas também com um salário baixo, que não vem crescendo de modo expressivo nos últimos anos”, disse a integrante do Dieese, Mariel Angeli.
Para ela, o primeiro passo é combater a inflação por meio de políticas públicas, para assim controlar o valor da alimentação, que hoje é a maior dificuldade dos brasileiros.
Essa seria uma solução a curto prazo, para tentar diminuir a diferença entre o que se ganha e o que é preciso para se manter. Segundo ela, não há uma política nacional voltada para isso, e muito menos uma que dê a real valorização ao salário mínimo.
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