Economia
EUA e Brasil conectados: como eventos no Silicon Valley Bank nos afetam?
Com a quebra da Silicon Valley Bank nos EUA, consequências podem atingir o Brasil.
O colapso da Silicon Valley Bank, nos Estados Unidos, não deve causar impactos na economia brasileira. No entanto, o Banco Central pode utilizar o momento para, em sua próxima reunião, sugerir o início antecipado dos cortes de juros.
O Banco Inter acredita que, no atual cenário de aperto de crédito, é possível que isso contribua para o aceleramento do processo de desinflação. Caso essa decisão seja tomada, será possível perceber os resultados já no próximo semestre de 2023.
Em um relatório publicado na última segunda-feira, 13, o banco comenta: “No Brasil, o cenário de maior aperto também muda o balanço de riscos da inflação e o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) pode indicar na sua próxima reunião que o início do corte de juros pode ser antecipado”.
No documento, a instituição ainda ressalta que a atual política monetária está em defasagem, que nesse ciclo poderá ser mais longa. Também é mencionado que o patamar restritivo da Selic terá efeito na economia de forma prolongada.
Mesmo que o Inter acredite que os juros básicos terão um impacto prolongado na economia, ainda é possível acreditar que uma quebra no ciclo de alta pode beneficiar ativos no Brasil, assim como o mercado de ações.
Silicon Valley Bank (SVB)
Esse banco focado em atender startups e investimentos de risco foi criado no ano de 1983. Segundo a Corporação Federal de Seguro de Depósito dos Estados Unidos (FDIC), o Silicon Valley estava entre as 20 maiores instituições bancárias dos Estados Unidos, com ativos equivalentes a R$ 1 trilhão em sua carteira no final de 2022.
Na segunda-feira, a queda nas ações após a quebra do banco chegou ao Brasil, onde os papeis caíram em 0,48%, enquanto o dólar subiu cerca de 1,16%.
Os analistas apontam que os impactos no mercado de investimentos serão vistos a curto prazo. Mesmo que os investidores tenham uma aversão a riscos, esse efeito não deve ter longa duração.
Segundo os especialistas, o Banco Central deve seguir a mesma linha de pensamento e reduzir as taxas de juros para o segundo semestre do ano de 2023.
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