Evite ser enganado: novo golpe rouba através da aproximação do cartão

O avanço da tecnologia ao longo dos anos facilitou a vida de muita gente. A nova forma de comprar pelo cartão através da aproximação na máquina tem sido a escolha de um grande número de pessoas pela rapidez no processo de compra.

Com o cartão na mão ou com o seu celular/relógio cadastrado, você consegue fazer compras apenas pelo toque na maquina, evitando “expor” sua senha no momento da transação.

A compra gera um identificador único e é considerada um processo seguro. Mas se a aproximação do cartão conseguisse gerar fraudes? É o que veremos adiante.

Uma gangue brasileira especialista em crimes cibernéticos criou um novo software capaz de bloquear o pagamento por aproximação em algumas máquinas. O bloqueio obriga a pessoa a inserir o cartão de crédito e colocar a senha, o que gera a fraude.

O grupo já vinha sendo investigado pela polícia por gerar um vírus capaz de burlar a área financeira das transações brasileiras. O novo software, ou malware, como chamam os especialistas, é uma nova versão desse vírus, o Prilex, que está em circulação desde novembro.

É a primeira vez, no entanto, que a gangue consegue atingir este formato de transação.

Como perceber o golpe no cartão de aproximação?

Ao fazer a aproximação do cartão, a máquina infectada exibe a mensagem: “ERRO APROXIMAÇÃO (sic) INSIRA O CARTÃO (sic)”. Esse texto pode ser diferente, dependendo de outras versões do malware.

Dessa forma, o vírus presente na máquina força o consumidor a pagar do jeito tradicional, inserindo o cartão. Na segunda tentativa, tudo transcorre de forma normal, o que dá a entender que o erro da máquina seria um erro corriqueiro.

No entanto, a senha colocada pelo consumidor possibilita o envio das informações do cartão diretamente para os criminosos, que conseguem fazer compras fantasmas. Esse processo inibe o contato da máquina com o banco e/ou instituição financeira.

Além disso, a nova versão do vírus é capaz de filtrar os dados roubados, para selecionar apenas as bandeiras ou segmentos específicos, como cartões “black” e corporativos, que normalmente têm limites altos, o que faz o rombo ser ainda maior.

Segundo o chefe da pesquisa da Kaspersky na América Latina, empresa que divulgou a existência desta versão do vírus, o número de casos de atuação do golpe não é alto, o que pode indicar que ainda está em teste.

Uma vez a gangue comprovando que o vírus funciona e clona cartões, os criminosos podem vender o vírus para outros golpistas, gerando uma cadeia de crimes. Este recurso pode gerar uma disputa pela venda e compra de cartões valiosos que são copiados no golpe.

“O Prilex é bem direcionado. Não vão instalar o vírus na padaria da esquina“, afirma o chefe da pesquisa, e ele acrescenta: “Eles preferem empresas que movimentam valores expressivos“.

Enganação

Para instalar o vírus, os criminosos cibernéticos entram em contato com o estabelecimento comercial como se fossem funcionários das empresas de maquininhas ou das bandeiras do cartão.

Eles afirmam precisar de uma atualização no equipamento, o que leva a vítima a instalar uma ferramenta que libera o acesso remoto do computador. E aí, o golpe é colocado em prática. Nestes casos, os estabelecimentos desconhecem que estão praticando o golpe de forma indireta.

Como se proteger do golpe?

Quando aparecer o erro na máquina, você deve tentar novamente pagar por aproximação, se não tiver nenhum jeito, melhor pagar de outra forma. NÃO insira o cartão de nenhuma forma.

Ao detectar um gasto indevido no cartão, é preciso procurar o branco imediatamente para inibir a compra e fazer um boletim de ocorrência na delegacia de forma presencial ou on-line.