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Fase de exploração de petróleo e gás natural terá investimentos de R$ 21 bilhões até 2027

Previsão foi feita, nesta quarta-feira (19), pela ANP, durante seminário realizado no Rio de Janeiro

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Até 2027, somente na fase de exploração de petróleo, os investimentos podem alcançar o montante de R$ 21 bilhões, estimou, nesta quarta-feira (19), a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante o Seminário ‘Relatório Anual de Exploração 2022” – Diagnóstico e Perspectivas da Exploração de Petróleo e Gás Natural no Brasil”, que se realiza no escritório central da autarquia, no Rio de Janeiro, com transmissão pelo canal da ANP, no Youtube.

O montante do investimento citado integra os Planos de Trabalho Exploratório (PTEs) referentes a 2023, apresentados pelas empresas detentoras de contratos para exploração e produção de petróleo. Dos R$ 21 bilhões previstos, R$ 5,6 bilhões (29%) serão investidos este ano e outros R$ 7 bilhões (34%) em 2024.

Na oportunidade, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, discorreu sobre a relevância do incentivo às atividades exploratórias no Brasil: “zelar pelo incremento das atividades exploratórias no Brasil é zelar pela segurança energética do País, bem como pela manutenção de empregos, renda e participações governamentais à sociedade brasileira. Só em 2022, a ANP distribuiu cerca de 130 bilhões de reais em royalties, participações especiais e bônus de assinatura. Por isso, a ANP exercerá de forma muito diligente o seu papel de manter a competitividade do setor, com respeito aos contratos, e de aumentar a atratividade das atividades exploratórias, respeitando o meio ambiente”.

Já o diretor Cláudio Jorge de Souza ressaltou o papel fundamental de o mercado poder contar, por meio do relatório divulgado, com informações consolidadas a respeito do segmento de exploração. “Além de obrigação legal, dar publicidade a informações de interesse público é um compromisso fundamental da ANP. E alia-se à visão de que a Agência seja reconhecida como instituição dinâmica e transparente, com foco na proteção ao consumidor e na evolução dos mercados regulados. Disponibilizando essas informações e análises, bem como os investimentos previstos na fase de exploração, a Agência também contribui para a definição dos rumos de exploração de petróleo e gás natural do país”.

Entre os destaques do relatório, a agência apresentou os seguintes tópicos:

  • O número de notificações de descoberta aumentou aproximadamente 54% quando comparado ao ano de 2021. Foram 20 notificações em 2022, contra 13 no ano anterior.
  • Houve um pequeno crescimento no número de poços perfurados em relação ao ano anterior: foram 22 poços em 2021 e 23 poços em 2022, demonstrando que o setor ainda se recupera da pandemia de Covid-19.
  • Ao final de 2022, 295 blocos estavam sob contrato, total que representou não só um aumento de 19% em relação a 2021, mas também o rompimento da tendência de queda, observada desde 2019. Isso equivale a mais de 186 mil Km2 de bacias com blocos exploratórios.
  • Os 295 blocos se dividem entre 101.967 mil Km2 associados aos 138 blocos marítimos e 84.557,13 mil Km2 referentes aos 157 blocos terrestres.
  • Blocos marítimos representavam 55% da área contratada e os terrestres, 45%.
  • Dos 295 blocos com contratos vigentes, 246 estavam ativos e 49 suspensos, ou seja, cerca de 17% dos contratos encontravam-se suspensos.  Na maioria desses contratos, a suspensão devia-se ao atraso no processo de licenciamento ambiental.
  • No ambiente marítimo, as Bacias de Campos e Santos destacaram-se em quantitativo de blocos sob contrato, com 33 e 30 blocos, respectivamente. Já no ambiente terrestres, as Bacias de Potiguar e Recôncavo destacaram-se em quantitativo de blocos sob contrato, com 48 e 32 blocos, respectivamente.

Iniciada com a assinatura dos respectivos contratos, a fase de exploração consiste na realização de estudos para detectar a presença de petróleo e/ou gás natural nas áreas sob contrato, chamadas de blocos, em quantidade suficiente para tornar sua extração economicamente viável. Caso haja sucesso nessa fase, as empresas poderão passar para a fase seguinte do contrato, quando iniciarão a produção e a área contratada passará a ser chamada de campo.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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