Bancos
Febraban cobra ‘três sinais econômicos’ de governo eleito
Arcabouço fiscal, crescimento sustentável e base política são as prioridades
Para ‘reduzir incertezas’, o governo eleito precisa dar três sinais fundamentais na área econômica: um ‘novo arcabouço fiscal’ (voltado ao equilíbrio das contas públicas); medidas para o crescimento sustentável e uma base política no Congresso Nacional.
Esse é o pleito apresentado à nova gestão do país – prestes a tomar posse, em janeiro próximo – pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), por meio de seu presidente Isaac Sidney, ao destacar a urgência de tais anúncios.
“Há três pontos que considero fundamentais para reduzir o cenário de incertezas, que é normal numa transição, que seria o novo governo mostrar o mais breve possível”, a exemplo dos “pilares do novo arcabouço fiscal para o equilíbrio das contas públicas; as medidas para retomada do crescimento [o grande desafio do governo, fazer o país voltar a crescer de forma sustentável, num cenário global adverso com crescimento desacelerando, inflação e juros altos] e avançar na articulação política que propicie uma base de sustentação para fazer frente aos desafios do governo”, ressaltou Sidney.
De forma constante nas últimas semanas, representantes do mercado financeiro e economistas têm ‘cobrado mais clareza’ do presidente eleito em torno da definição da âncora fiscal, em lugar do critério do teto de gastos, assim como a nomeação do futuro ministro da Fazenda. A cobrança sistemática ganhou vulto, após a repercussão negativa da versão da PEC de Transição, que propõe excluir R$ 198 bilhões da regra do teto – que atrela o crescimento das despesas à inflação.
Ao encontrar com Sidney, na semana passada – por ocasião do lançamento de livro do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski – o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin adiantou que o futuro governo esteve “muito bem representado” por Fernando Haddad, (fazendo menção à participação de Haddad em encontro recente promovido pela Febraban).
Haddad é considerado por Lula o nome favorito para ocupar a pasta da Fazenda. Enquanto crescem as expectativas por mais clareza pelo governo eleito, a PEC da Transição deverá ser colocada à prova, hoje, no Senado.
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