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Agronegócio

Fim de um gigante: por que o maior macaco da terra foi extinto?

Esse animal podia atingir três metros de altura e pesar até 300 quilos, superando em 50% o tamanho dos maiores gorilas de hoje!

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Você já ouviu falar do Gigantopithecus blacki? Esse gigante, que habitou o sul da China, é considerado o maior primata que já existiu na Terra. Um animal que podia atingir três metros de altura e pesar até 300 quilos, superando em 50% o tamanho dos maiores gorilas de hoje!

Parente dos orangotangos, esse macaco impressionante desapareceu há cerca de 300 mil anos, e até hoje, cientistas buscam entender o que causou sua extinção.

Até agora, o que sabemos sobre o Gigantopithecus vem principalmente de fósseis de partes da boca, como quatro mandíbulas e cerca de 2.000 dentes isolados. Esses fósseis sugerem que o macaco gigante se alimentava principalmente de plantas. Seus dentes eram adaptados para mastigar matéria vegetal fibrosa, frutas e plantas que desgastam os dentes.

A nova teoria sobre a extinção do Gigantopithecus

Recentemente, uma pesquisa divulgada na revista Nature reacendeu esse mistério. O estudo, citado pela Folha de São Paulo, sugere que a extinção do Gigantopithecus pode ter sido causada pela perda progressiva das florestas onde vivia.

Cientistas de várias instituições ao redor do mundo se debruçaram sobre esse enigma. Eles estudaram 22 cavernas chinesas, algumas com fósseis do Gigantopithecus e outras sem, para tentar entender as mudanças no ambiente e na dieta desses animais ao longo do tempo. Também compararam os dentes do Gigantopithecus com os de um orangotango ancestral, o Pongo weidenreichi.

Os resultados mostraram grandes mudanças nas florestas do sul da China. Há 2 milhões de anos, a área era dominada por grandes árvores. Mas entre 300 mil e 200 mil anos atrás, período que coincide com a extinção estimada do Gigantopithecus, grandes áreas florestais deram lugar a vegetação aberta e gramíneas.

O impacto da mudança ambiental no gigante

Os dentes do Gigantopithecus e do Pongo weidenreichi revelaram muito sobre suas dietas. Inicialmente, ambos tinham acesso a uma grande variedade de alimentos e água. No entanto, com o tempo, essa diversidade alimentar diminuiu, impactando principalmente o Gigantopithecus, devido à sua enorme estatura e necessidades alimentares.

Essa diminuição na variedade de alimentos causou um “estresse crônico” nos animais, conforme explicou Kira Westaway, uma das coordenadoras do estudo. Esse estresse teria afetado a reprodução, a nutrição e a capacidade de buscar alimentos. Para o Gigantopithecus, com seu tamanho colossal, as consequências foram ainda mais graves.

Interessantemente, na mesma época, humanos primitivos já habitavam a região. No entanto, não há evidências de que eles tenham caçado o Gigantopithecus. Parece que as mudanças ambientais, e não a ação humana, foram as principais responsáveis pelo fim dessa espécie.

Formada em Relações Públicas (UFG), especialista em Marketing e Inteligência Digital e pós-graduada em Liderança e Gestão Empresarial. Experiência em Marketing de Conteúdo, comunicação institucional, projetos promocionais e de mídia. Contato: iesney.comunicacao@gmail.com

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