Financiamento de carro ou consórcio? Entenda qual a melhor opção para você

A indústria vem sofrendo com a alta de juros decorrentes do aumento da inflação, inclusive no tocante ao setor de veículos, em virtude do aumento dos preços de produtos utilizados como matéria-prima, ocasionalmente superiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A população brasileira busca por opções para conseguir adquirir um veículo e, dentre as diversas opções, estão os consórcios e financiamentos. A questão que fica é: Qual a melhor alternativa?

Consórcio ou financiamento?

Para aqueles que não se encontram em situação de adquirir um veículo à vista, é necessário recorrer a formas de crédito. Nessa caso, é importante avaliar algumas especificidades, como pesquisa, planejamento e construção de um fundo.

Qual o contraste na aquisição de veículos?

Conforme elucidado pelo vice-presidente de negócios da Embracon: “A principal diferença entre o financiamento e o consórcio acontece na hora de quitar. Os consórcios oferecem taxas lineares e menores, possibilitando crédito para quem tem mais dificuldade e, mesmo assim, deseja adquirir o automóvel ou montar uma reserva”.

A seguir, confira 3 tópicos que salientam as maiores discrepâncias na aquisição de veículos:

1. Prazo

Conforme dados de empresa do ramo, os grupos de consórcios possuem como prazo médio 80 meses, sendo que, costumeiramente, na metade desse prazo, todos aqueles que integram o grupo adquirem o veículo, tanto por meio de lance extra ofertado quanto por sorteio.

Na opinião do gerente de inovação da Multimarcas, Bruno Martins, a expectativa para o ano de 2023 é que o número de participantes dos grupos de consórcio e de unidades continue em crescimento:

“Existe uma mudança no perfil de compra do cliente que vem tendendo a comprar o consórcio por conta do reflexo do aumento da taxa Selic. O modelo de consórcio vai continuar porque o cliente percebe cada vez mais que é importante se planejar e ter um orçamento mais enxuto para alcançar as metas”.

2. Aprovação de Crédito

Com valores mensais em torno de R$300 a R$1 mil, aqueles que escolherem pelo consórcio não precisam oferecer valores de entrada, maneira que ocorre no financiamento, quando aprovado o crédito.

Nas palavras do CEO da fintech Klubi, Eduardo Rocha, “Para quem quer e pode comprar o carro à vista, ou financiado, para sair com a chave na mão, é o mais adequado. Entretanto, o consórcio é uma alternativa para quem tem dificuldade de aprovação de crédito e ajuda a contribuir com a educação financeira”.

3. Cálculo das taxas

Os financiamentos possuem suas taxas relacionados à tabela de juros disponibilizada pelo Banco Central, ao passo que as operadoras de consórcio cobram taxas administrativas.

Conforme dados do Banco Central, as taxas anuais variam entre 14,14% a 49,66%, sendo, respectivamente, referentes ao Banco da Amazônia e ao SF3 Crédito Financiamento e Investimento.

Eduardo Rocha enuncia que a taxa média para planos de consórcios de 80 meses será de 16% a 26% no todo, equivalente de 0,2% a 0,32% mensais. Segundo o vice-presidente de negócios da Embracon, nos consórcios, a taxa é de 23% no total, ou 0,23% ao mês, variado do financiamento que possui o regime de juros compostos.

Em suma, qual a melhor opção?

A resposta para essa questão resulta dos planos e objetivos individuais, bem como quanto tempo se está disposto a aguardar para a aquisição do veículo. Para o CEO da Klubi, os consórcios possuem três pontos vantajosos, quais sejam: flexibilidade, inclusão e acessibilidade financeira.

Portanto, conclui-se que, tendo em vista a inflação que vem afetando os preços dos automóveis, bem como a alta das taxas de crédito referentes ao financiamento, o consórcio se faz uma opção mais acessível. Porém, em virtude da dependência do sorteio mensal ou de lance extra, quem participa do consórcio não pode ter pressa para adquirir o veículo.