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Agronegócio

Geadas causam prejuízos nas lavouras e aumentam preços de itens nos supermercados

Quebra nas safras vai impactar em prejuízos bilionários no campo e na cidade

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O segundo maior Estado produtor de milho do país vai colher a pior safrinha dos últimos anos. É o que informou o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná. De acordo com as estimativas divulgadas pelo órgão, a projeção para a colheita deverá ser de 6,1 milhões de toneladas, quase metade da safra anterior, que foi de 12,34 milhões de toneladas. O prejuízo estimado é de R$ 11,3 bilhões.

Segundo o Deral, esse volume equivale a três safras de milho de verão. “Esta perda histórica foi em decorrência, primeiro, da estiagem que acompanhou boa parte da safra, da ocorrência de pragas, como a cigarrinha e lagarta do cartucho, e com geadas de intensidade forte que ocorreram no final do mês de junho e, em menor grau, as geadas da segunda metade de julho”, afirmou Edmar Gervásio, técnico do órgão.

Veja também: Colheita de milho safrinha ultrapassa os 80%, em MT

A quebra na safra de milho trará consequências diretas para o valor dos alimentos nos supermercados. Isso porque o grão é o principal item da indústria de rações voltadas para a alimentação de animais, como frangos, suínos e bovinos. E o prejuízo com a colheita pode impactar no valor da carne.

Diante da projeção, os preços do milho devem sofrer novos reajustes. Na semana passada, a saca do produto fechou em R$ 92,04, alta de 17% em relação ao final de junho e 124% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em nota técnica, o Deral afimou que “não é possível dizer que faltará milho no mercado brasileiro, entretanto é crível especular que haverá uma redução significativa das exportações brasileiras”.

Na semana passada, 32 mil toneladas de milho foram importados da Argentina e chegaram ao país pelo Porto de Paranaguá.

Além do milho, o café, trigo, hortifrútis e a cana-de-açúcar também foram atingidos pelas alterações climáticas. Este último, aliás, também pode impactar o preço do etanol nos próximos meses.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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