Conecte-se conosco

Empresas

Gestora de ETF para pessoa física está nos planos da Levante em 2021

Casa de análise de investimentos também espera retomar projeto de IPO ainda no primeiro trimestre do ano que vem.

Publicado

em

A casa de análise de investimentos e de educação financeira Levante tem como novo foco uma gestora de ETFs voltada para investidores pessoas físicas, enquanto também espera retomar o projeto de IPO ainda no primeiro trimestre de 2021.

“O Brasil está atravessando uma mudança muito importante (do ponto de vista de investimentos) e acreditamos que o movimento de ETF que aconteceu no exterior acontecerá no Brasil”, disse Felipe Bevilacqua, cofundador da Levante .

Os ETFs são fundos vendidos em bolsa, que podem acompanhas índices referência como o brasileiro Ibovespa ou o norte-americano S&P 500, no caso de ações.

Neste ano, o número de investidores com posição em custódia em ETFs na B3 avançou para 245 mil, mas ainda é bem menor do que os mais de 3 milhões de investidores ativos em setembro na B3.

O volume negociado em ETFs de renda variável em setembro totalizou 28,6 bilhões de reais, com 3.869.569 de negócios, alta frente igual período de 2019 (11,7 bilhões de reais e 729.485 negócios), mas bem baixo frente os dados da bolsa.

Já no mercado de ações da B3, o volume médio diário somou cerca de 28 bilhões de reais no mês passado.

Nos Estados Unidos, dados da Nyse mostram 2.373 ETFs listados nos em 2020 até 30 de setembro, com a média diária das transações em 110,8 bilhões de dólares.

“O volume no Brasil ainda é muito pequeno”, disse Bevilacqua, destacando o pequeno número disponível atualmente na bolsa, que é 17 de renda variável e 6 de renda fixa.

Esse é um produto ainda muito voltado para investidores institucionais, mas que, com a mudança estrutural nos juros, tem espaço para crescer na pessoa física, acrescentou. “Mesmo que suba, continuará em patamares civilizados”.

Essa visão corrobora com dados da B3, com a participação dos investidores institucionais no volume negociado de ETF chegando a 36,2%, enquanto a participação de pessoas físicas e investidores individuais era somente de 13,6% em setembro.

“Vamos fazer exclusivamente para o varejo, esse é nosso foco. Nossa forma de atuação é muito mais próxima do cliente final, tendo uma conversa diária com eles, e a educação financeira e o conteúdo disso é super importante”, afirmou.

Bevilacqua afirmou que a operação da gestora será totalmente separada da casa de análise,e que o foco será na gestão passiva, seguindo outros índices, para deixar clara a independência dos dois negócios.

Além da taxa de juro baixa, ele aponta a estrutura mais competitiva de ETFs passivos como um componente adicional para atrair esses investidores, uma vez que o fato de seguir outro índice permite uma equipe mais enxuta.

A Levante já está atuando na composição da equipe da gestora, que será separada da área de análise, inclusive fisicamente. A princípio, seis profissionais devem entrar na empresa, atualmente com 60 colaboradores.

Segundo ele,  também estão sendo tomadas as providências regulatórias, e o gestora já tem o chamado ‘seed money’ para o primeiro projeto que está sendo estruturado, disse Bevilacqua sem detalhar.

Sobre um possível IPO, ele explicou que os planos foram postergados porque o mercado está mais conturbado em meio a pandemia da Covid-19, mas em 2021 o assunto deve voltar a ser pautado.

Em outubro de 2019, quando Bevilacqua informou os planos do IPO, disse que a Levante já havia cumprido praticamente todas as regras exigidas para obter a listagem e que já engajava bancos.

“O IPO deve acontecer no fim do primeiro semestre de 2021… Será a primeira casa de análise a fazer IPO no Brasil”, disse.

Publicidade
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.

MAIS ACESSADAS