Google se queixa da Microsoft em processo antitruste

O Google apresentou uma queixa antitruste à Comissão Europeia dia 25, acusando a Microsoft de utilizar contratos de licenciamento injustos para prejudicar a concorrência no setor de computação em nuvem, um mercado multibilionário. No centro da reclamação, o Google alega que a Microsoft usa termos de licenciamento que “aprisionam” os clientes, limitando sua liberdade de escolha e controle no mercado de nuvem.

A queixa afirma que a Microsoft, por meio de seus produtos amplamente usados, como o Windows Server e o Microsoft Office, dificulta a utilização de plataformas de infraestrutura em nuvem que não sejam sua própria oferta, o Azure. O Google argumenta que as restrições impostas nos contratos de licenciamento da Microsoft tornam mais complicado para os clientes transferirem suas cargas de trabalho para provedores de nuvem concorrentes, mesmo quando não existem barreiras técnicas para isso.

Segundo o Google, empresas e organizações públicas na Europa estariam pagando até 1 bilhão de euros por ano em multas de licenciamento devido às dificuldades impostas pela Microsoft para migrarem para outros serviços de nuvem. Esse dado foi citado a partir de um estudo de 2023 realizado pela CISPE, uma entidade comercial do setor de computação em nuvem.

Google

A queixa do Google surge após a CISPE e seus membros terem fechado um acordo com a Microsoft em julho, o que levou a empresa a realizar mudanças para abordar preocupações com a concorrência. Em resposta à nova reclamação, a Microsoft expressou sua expectativa de que a Comissão Europeia rejeite o caso do Google, destacando que preocupações semelhantes já haviam sido resolvidas com outros provedores de nuvem europeus.

O Google, que é o terceiro maior provedor de serviços de computação em nuvem, atrás da Amazon Web Services e do Microsoft Azure, acusa a Microsoft de prejudicar a inovação e a segurança cibernética com essas práticas.

(Com Agências Internaiconais).