Política
Governo federal pretende taxar big techs ainda em 2024
Secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, anuncia que o tema segue as recomendações da OCDE.
O governo federal está se preparando para encaminhar ao Congresso uma proposta que visa a taxação das grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, ainda neste semestre
A medida foi anunciada pelo secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, durante uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (28).
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações do governo para ajustar suas políticas fiscais e buscar uma arrecadação mais justa e equilibrada.
Tal proposta de taxação será apresentada separadamente do projeto de lei do Orçamento de 2025, que também será enviado ao Legislativo.
O objetivo principal é garantir que essas empresas, que têm gerado lucros astronômicos, contribuam de maneira mais significativa para os cofres públicos, alinhando o Brasil às práticas fiscais adotadas por outros países, especialmente aqueles que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Secretário confirma que medidas seguem a recomendação da OCDE – Imagem: Tada Images/Shutterstock
Contexto internacional e relevância da taxação
A ideia de taxar as big techs não é exclusiva do Brasil. Diversos países ao redor do mundo, especialmente membros da OCDE, têm discutido e implementado medidas para garantir que essas empresas paguem uma parcela justa de impostos.
Dario Durigan destacou que há uma maturidade no debate internacional sobre a tributação das big techs que precisa ser trazida para o Brasil.
Segundo ele, a proposta não está inclusa na lei orçamentária anual, mas será abordada de maneira prioritária no segundo semestre deste ano.
A importância dessa taxação está ligada ao crescimento exponencial dessas empresas, que, apesar de gerarem lucros bilionários, muitas vezes pagam impostos desproporcionais em relação ao seu faturamento.
A proposta brasileira busca não apenas aumentar a arrecadação, mas também alinhar o país às recomendações internacionais, promovendo maior justiça fiscal.
Estimativas de arrecadação e possíveis formas de tributação
De acordo com estimativas preliminares da equipe econômica, a taxação das big techs poderia gerar aproximadamente R$ 5 bilhões anuais para os cofres públicos.
No entanto, ainda não está claro qual será o modelo de taxação adotado pelo governo. Uma das possibilidades mencionadas é o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), um tributo já aplicado sobre combustíveis.
Caso essa opção seja escolhida, parte da arrecadação seria destinada aos governos estaduais e municipais, visto que 29% da Cide são compartilhados com esses entes federativos.
Durigan, no entanto, evitou confirmar tal abordagem, ressaltando que a equipe econômica ainda está avaliando as melhores alternativas.
A decisão sobre o modelo de taxação será crucial, pois influenciará não apenas a arrecadação federal, mas também a distribuição de recursos para os estados e municípios.
Reforma fiscal e desafios para a economia
Além da proposta de taxação das big techs, o governo federal também está trabalhando em medidas estruturais para reduzir os gastos públicos.
Entre as iniciativas em discussão estão a reforma do Imposto de Renda e a revisão das vinculações de receitas e despesas.
Tais medidas fazem parte de um esforço maior para equilibrar as contas públicas e garantir que a arrecadação seja utilizada de maneira mais eficiente.
No entanto, Dario Durigan não forneceu uma data específica para o envio dessas propostas ao Congresso. A ausência de detalhes sugere que o governo ainda está em fase de planejamento e negociação, buscando consolidar um pacote de reformas que possa ser aprovado pelo Legislativo.

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