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Mercado de Trabalho

Governo revela que mulheres ganham 20,7% menos que homens

Esse número aumentou cerca de 1% desde o último levantamento.

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Neste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil (MTE) revelou dados alarmantes sobre a diferença salarial entre homens e mulheres no país.

Segundo o relatório, as mulheres ganham em média 20,7% a menos que os homens no setor privado, um aumento significativo em relação aos 19,4% identificados até março deste ano.

Tal diferença não é apenas um número; ela representa um desafio contínuo que afeta a vida profissional e financeira de milhões de brasileiras.

Mulheres ganham menos ainda que exerçam a mesma profissão de um colega de trabalho homem – Imagem: reprodução

Profundidade da desigualdade

Os números mostram que a desigualdade salarial é ainda mais pronunciada em posições de liderança e gerenciamento.

As mulheres que ocupam esses cargos ganham apenas 73% do que os homens recebem nas mesmas funções.

Isso destaca como a disparidade não é apenas uma questão de salários em geral, mas está profundamente enraizada em preconceitos que dificultam a ascensão das mulheres a posições executivas e de destaque.

O levantamento considerou 18 milhões de trabalhadores em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados. Nesses estabelecimentos, a remuneração média dos trabalhadores é de R$ 4.125.

No entanto, a situação salarial das mulheres é bastante preocupante, principalmente quando se faz uma análise detalhada por grupos:

Mulheres negras: R$ 2.745,76 Homens negros: R$ 3.493,59
Mulheres não negras: R$ 4.249,71 Homens não negros: R$ 5.464,29
Mulheres (geral): R$ 3.565,48 Homens (geral): R$ 4.495,39

Tais números evidenciam que a desigualdade é multifacetada, resultando em um cenário onde as mulheres, especialmente as negras, enfrentam as maiores disparidades salariais.

Caminhos para a igualdade

Diante dessa realidade desalentadora, o governo lançou um Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Homens e Mulheres.

O plano compreende 79 ações que se dividem em três eixos principais, visando estimular a equiparação das funções e dos rendimentos entre os gêneros.

As iniciativas propostas buscam fomentar a equidade não apenas em termos de salários, mas também em oportunidades de crescimento e liderança.

A implementação efetiva desse plano é fundamental para mudar a cultura organizacional que perpetua a desigualdade salarial.

Além disso, sua execução dependerá do compromisso tanto do setor privado quanto do público em garantir ambientes de trabalho justos e equiparados.

A sociedade também tem papel crucial na luta contra a desigualdade salarial. É importante que homens e mulheres se unam em prol da equidade, questionando normas de mercado que favorecem um ou outro gênero e exigindo políticas que promovam a igualdade. A conscientização sobre essa questão é um primeiro passo essencial para promover mudanças reais.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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