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Homem conta como foi viver em condições análogas à escravidão em restaurante de São Paulo
Homem conta que vivia em meio aos ratos, comia comida estragada e ainda recebia o salário de forma irregular. Entenda o caso.
No último dia 19, um homem de 30 anos foi resgatado de um restaurante japonês de São Paulo, onde vivia em situação análoga à escravidão. Ele contou que morava com mais 15 colegas, não recebia seu salário corretamente e se alimentava de comidas vencidas.
A gerente do local foi presa, mas foi liberada logo em seguida, e o inquérito foi encaminhado à Justiça pela Polícia Civil.
A vítima chegou a São Paulo há cinco meses de Patos (PB) para trabalhar no restaurante da capital paulista. Ele conta que o valor da passagem estava sendo descontado de sua remuneração e que precisava pagar pela alimentação, mas o salário era muito irregular.
De acordo com o homem, ele trabalhava dois períodos longos que iam até a madrugada, mas não recebia horas extras. Além disso, as condições do alojamento eram precárias.
“Era tudo um horror. Parede mofada, bicho, rato. Contando comigo eram 16 pessoas morando nesse quadrado, nesse alojamento. A gente vivia largado. Eu nunca tinha passado por um absurdo desse na minha vida”, disse ele, que não quis ser identificado.
Descontos e práticas indevidas
Ele relata também que nem sabia ao certo quanto recebia por mês, já que às vezes pegava R$ 600, em outros meses ganhava R$ 700. Não havia data certa de pagamento e haviam descontos de valores proibidos, como quando os funcionários se recusavam a fazer uma prática proibida em estabelecimentos.
Segundo ele, os superiores exigiam que os alimentos que voltavam da mesa sem ser mexidos fossem servidos a um novo cliente. Caso o alimento fosse jogado fora, seu preço era descontado do salário do funcionário
No restaurante japonês foram encontrados alimentos estragados, que também eram servidos aos empregados. Sobre o alojamento, os pedidos de melhoria nunca eram atendidos, apesar das promessas dos patrões.
Após serem vistos pela polícia naquelas condições, o patrão custeou um quarto de hotel para o funcionário na tentativa de amenizar a situação.
“Um dos donos do restaurante me ligou, falou que iria ajeitar para pagar meus direitos. Mas quando a gente foi fazer as contas, colocaram até mais coisas que não eram minhas, que eram de outros funcionários, para eu pagar. Então eu disse não. Vou procurar um advogado, procurar os meus direitos, e aí eu vejo isso”, contou ele.
O restaurante publicou uma nota nas redes sociais dizendo que os fatos estavam sendo investigados e que vai se manter sem dar declarações até que o processo esteja encerrado e a verdade seja exposta.

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