Mundo
Hong Kong oferece dinheiro para ter filhos, mas moradores dizem que não dá pra criar
Baixa natalidade preocupa autoridades chinesas cada vez mais.
Assim como ocorre no Japão, a baixa taxa de nascimentos está começando a se tornar um problema na China, e os governantes locais estão pensando em maneiras de contornar isso. A cidade de Hong Kong, por exemplo, oferecerá a quantia de US$ 2.500 (cerca de R$ 12,4 mil) para os casais que tiverem filhos até o ano de 2026.
Essa iniciativa é uma tentativa de aumentar o índice de natalidade regional, no entanto muitos residentes locais afirmam que esse valor mal seria suficiente para pagar um aluguel mensal, muito menos para cobrir os custos de uma criança pequena.
John Lee Ka-chiu, o chefe do Executivo da localidade, fez o anúncio oficial da medida no último dia 25 de outubro (quarta-feira). Ele afirmou que 20.000 dólares de Hong Kong, o equivalente a US$ 2.556, seriam disponibilizados como auxílio para cada bebê nascido entre hoje e 2026.
“A maternidade é uma decisão importante na vida que envolve muitas considerações”, disse Lee ao revelar uma série de medidas econômicas que também incluíam uma redução do imposto de 15% para 7,5% para compra de imóveis residenciais.
Além desse recurso, existem outros incentivos fiscais para os casais que desejem ter mais filhos, e o auxílio recentemente anunciado atuaria como um complemento. Assim, essas pessoas também receberiam deduções tributárias anuais para cada nova vida trazida ao mundo.
O dinheiro é insuficiente
A maioria das pessoas que já possui filhos alega que a novidade não será suficiente para incentivar mais nascimentos, uma vez que o alto custo de vida da cidade é muito superior à ajuda oferecida. Lembrando que Hong Kong está no topo da lista de localidades mais caras para se viver no continente asiático.
“Não dá para cobrir nem um mês da minha hipoteca, mais as contas de gás e eletricidade”, disse Ken Lau, pai de uma criança que está pensando em ter uma segunda, logo após o anúncio da medida. “Que tal uma doação por ano?”, disse Kristy Chan, mãe de uma filha, que disse que a medida dificilmente a faria mudar de ideia sobre ter um segundo filho.
Conforme uma agência imobiliária chinesa chamada Midland Realty, o aluguel de um apartamento de 46 m² com 2 quartos na região custa em torno de US$ 2.253 (R$ 11,2 mil), o que equivale a mais de 90% das cifras prometidas pelo poder público chinês.
Por fim, com esses valores de habitação extremamente onerosos, somados às taxas de juros elevadas e aos gastos com alimentação e energia, a maioria dos casais não se sente segura para aumentar a família, devido ao medo de não conseguir sustentar os filhos.
“Quem sabe fazer contas sabe que isso não funciona”, diz Lau.

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