Saúde
Hospitais federais terão novo modelo de gestão em breve; saiba
O Ministério da Saúde planeja criar um programa de reestruturação.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, rejeitou ontem a proposta de dividir a gestão dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro entre o estado, o município e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Segundo ela, o modelo de administração dessas unidades está em estudo, mas deve envolver uma gestão compartilhada.
“Afirmo categoricamente que não há planos de distribuir os hospitais. Essa foi uma notícia veiculada pela mídia. Não partiu de nós”, declarou Nísia. “O governo federal continuará coordenando um programa de reestruturação desses hospitais, dentro da visão do SUS [Sistema Único de Saúde]”.
O Ministério da Saúde planeja criar um programa de reestruturação dos hospitais federais, com base nos trabalhos de um comitê gestor estabelecido em 18 de março para administrar essas unidades, cujo mandato foi prorrogado por mais 30 dias.
Hospitais federais
Um núcleo de apoio interinstitucional, envolvendo a EBSERH, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o grupo hospitalar Conceição (vinculado ao Ministério da Saúde), está sendo formado para auxiliar na elaboração do programa.
Também está em elaboração uma portaria que definirá os itens comuns para compras centralizadas nos hospitais federais.
“Estamos elaborando um cronograma para um programa de reestruturação dos hospitais, visando soluções estruturais e sustentáveis, integradas à rede do SUS. Este é um problema crônico que precisa ser enfrentado”, explicou o secretário nacional de Atenção Especializada à Saúde, Adriano Massuda.
A ministra
A ministra destacou que os modelos de gestão definitivos serão detalhados dentro desse programa, após análises e diálogos com os envolvidos. “Não vamos apressar essa questão, em respeito à população do Rio de Janeiro e à necessidade de um trabalho cuidadoso”, afirmou Nísia.
Quanto à possibilidade de a EBSERH assumir as unidades, como faz com hospitais universitários federais, Nísia afirmou que não há planos para isso. “O presidente Lula foi claro: precisamos resolver os problemas nos hospitais do Rio de Janeiro. Vamos trabalhar juntos para isso. Queremos que os hospitais sejam parte da solução para fortalecer o SUS na região”, concluiu a ministra.
(Com Agência Brasil).
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