Ibovespa cai 1,98% e fecha em 110.034 pontos em pregão marcado por volatilidade

Em mais um pregão marcado por muita volatilidade e aversão ao risco no exterior, o Ibovespa caiu 1,98% e fechou a sexta-feira nos 110.034 pontos. Já o dólar sobe 1,65% e encerra o mês a R$ 5,606, maior cotação desde 4 de novembro.

No acumulado do mês, a sensação de risco interferiu e o índice afundou 4% em fevereiro. Para incrementar a oscilação, a última notícia foi quanto ao pedido de demissão do presidente do Banco do Brasil.

Quanto a março, investidores entrarão sem definição sobre auxílios emergenciais, se com ou sem cortes de gastos como contrapartida.

Já externamente, o cheiro de inflação no ar nos EUA colabora para mercado subir a régua dos juros.

Quanto à cena corporativa: não teve para ninguém, com Bolsonaro escalando general para assumir Petrobras enquanto caminhoneiros pressionam contra alta dos combustíveis.

Ibovespa – Dólar

O dólar teve mais um salto nesta sexta-feira e fechou acima de R$ 5,60 pela primeira vez desde novembro, em dia de forte pressão que levou o Banco Central, pelo segundo pregão seguido, a fazer intervenção dupla no mercado de câmbio, em meio a mais uma sessão negativa para moedas emergentes por receios sobre fuga de capital com a disparada de juros soberanos.

Novamente, a combinação entre firme demanda global por dólares e novos ruídos no mercado local ditou a dinâmica do câmbio no Brasil, num dia já tradicionalmente volátil devido à “briga” entre comprados e vendidos em dólar por ocasião da formação da Ptax de fim de mês.

O mercado já vinha de certo incômodo pela ressurgência de notícias na imprensa sobre suposta fragilidade do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo.

À tarde, notícia de O Globo de que o presidente do Banco do Brasil (BBAS3), André Brandão, havia colocado o cargo à disposição turbinou a busca por dólar.

A informação veio uma semana depois de o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que substituiria o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, o que causou um rebuliço nos mercados que irradiou por toda esta semana.