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Ibovespa enfrenta ‘terça tempestuosa’, aqui e lá fora

Talibã toma Afeganistão; EUA e China ‘derretem’; reforma do IR e Precatórios em xeque; tensão dobrada Palácio x Corte

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Crédito: Diário de Cuiabá

Ameaças mútuas de impeachment envolvendo o presidente da República e ministro do Supremo; Talibã toma o Afeganistão; economia chinesa em queda; avanço do IPCA, de 6,88% para 7,05%, e PIB de 5,28% e Selic deve superar os 7,5% até o fim de 2021.

Como nessa segunda-feira (16) – quando fechou em queda de 1,7%, a 119.180 pontos (volume financeiro de R$ 33,9 bilhões), o menor nível em três meses – o Ibovespa terá de enfrentar esses, entre outros fatores negativos, durante o pregão dessa terça-feira (17), que já abre tendo zerado praticamente todos os ganhos deste ano.

DI dispara – Enquanto o DI para janeiro de 2022 subiu dois pontos-base (a 6,63%) no mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2023 avançou seis pontos-base (a 8,40%), que passa a 9,55%, mais 16 pontos base, para 2025, chegando a 9,99% – aumento de 16 pontos-base – o DI para 2027.

Aversão em alta – De acordo com analistas, o descenso dos negócios está relacionado ao movimento de aversão ao risco e a um fluxo de vendas mais concentrado no mercado interno. No entanto, o momento não favorece a bolsa, uma vez que o investidor avalia se deve continuar ‘apostando suas fichas’ na renda variável, face à escalada dos juros.

Perda bilionária – Na pauta econômica, destaque para a declaração do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, ao estimar uma perda de arrecadação em torno R$ 20 bilhões, caso o texto da reforma do Imposto de Renda (IR) seja aprovado como está pela Câmara dos Deputados.

Balança fiscal – Ainda sobre a necessidade de equilibrar a balança fiscal do governo, o secretário considerou ‘crucial’ a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), tendo em vista “acomodar no Orçamento de 2022, conforme a regra do teto de gastos o Auxílio Brasil”, novo programa de transferência de renda do atual governo. A ideia da PEC é dividir em dez parcelas o pagamento dos precatórios com valor de mais de R$ 66 milhões.

Conta salgada – Sobre o Bolsa Família, Funchal acrescentou que o programa deverá passar a contemplar 17 milhões de famílias, mediante benefício médio de R$ 280 a R$ 300, uma conta adicional aos cofres federais de R$ 26 bilhões a R$ 28 bilhões. Atualmente, o orçamento do programa é de cerca de R$ 34,9 bilhões, alcançando 14,7 milhões de famílias e com benefício médio de R$ 190.

Superprecatórios – Para justificar a medida, o ministro da Economia Paulo Guedes lembrou que ministros anteriores na pasta teriam negociado o pagamento de superprecatórios, de valores mais elevados que os atuais e em condições desconhecidas. Nessa condição, o ministro citou os antecessores Pedro Malan, Guido Mantega e Henrique Meirelles.

À luz do dia – “Eu pelo menos fiz algo à luz do dia, transparente e para todos, a regra se aplica a todos”, afirmou Guedes, ao argumentar que a medida, além de dar previsibilidade a um gasto que tem crescido aceleradamente, também permitiu dar previsibilidade fiscal para os próximos dez, quinze anos, quando não haverá mais saltos”. Por fim, Guedes admitiu o ‘susto’ com a conta de R$ 90 bilhões de precatórios, contra uma previsão inicial de R$ 58 bilhões.

Baixa chinesa – No front externo, as vendas do varejo na China registraram baixa de 11,5%, em junho, para 8,5%, em julho, enquanto que, nesse mesmo mês, a produção industrial do país asiático (6,4%) ficou aquém (7,8%) do previsto. Queda mais acentuada apresentou os Estados Unidos, em que o índice de atividade industrial Empire State – produzido pelo Fed, o banco central americano –  despencou de 43 para 18,3 pontos, de julho para agosto correntes, surpreendendo a previsão mais pessimista, formulada por economistas consultados pelo Wall Street Journal (29%).

No que toca à pandemia, a média móvel de mortes por covid-19 em sete dias no país apresentou queda de 11%, com 860 casos no período, conforme informações fornecidas pelo consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre a doença.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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