Economia
Ibovespa fecha em alta puxada por Vale e endossada por Wall Street
O volume financeiro da sessão somava R$ 24 bil
O Ibovespa (IBOV) subiu 2% nesta segunda-feira e fechou acima dos 117 mil pontos pela primeira vez desde 19 de fevereiro, puxado pela disparada de Vale (VALE3) após anúncio de recompra de ações e endossado por máximas em Wall Street em meio a perspectivas otimistas para a economia norte-americana.
Segundo a Reuters, o Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou em alta de 2%, a 117.563,39 pontos, de acordo com dados preliminares.
O volume financeiro da sessão somava 24 bilhões de reais.
Ibovespa – Dólar
O dólar operou em queda ante suas principais moedas concorrentes nesta segunda-feira, diante da busca por ativos de risco por investidores em Nova York, otimistas com a recuperação da economia dos Estados Unidos. A sessão foi marcada também pela baixa liquidez, diante do fechamento dos mercados em algumas das principais economias europeias por conta do feriado local de Páscoa.
O Dollar Index (DXY), que mede a variação da moeda americana em relação a outras seis moedas fortes, fechou em queda de 0,46%, aos 92,595 pontos, pressionado pela alta do euro, principal componente do índice, que se valorizava a US$ 1,1812 no fim da tarde em NY. Já a libra tinha alta a US$ 1,3906, enquanto o dólar recuava a 110,22 ienes.
Após subir na madrugada desta segunda, repercutindo o avanço acentuado do mercado de trabalho dos EUA em março, o dólar se firmou em território negativo com a divulgação dos índices de gerentes de compras dos EUA (PMIs, na sigla em inglês), medidos pela IHS Markit e pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), respectivamente. Os indicadores impulsionaram o apetite por risco de investidores, que se distanciaram da segurança do dólar.
A queda do dólar, porém, começou antes dos dados serem divulgados, acompanhando o recuo nos juros curtos dos Treasuries, os títulos da dívida pública americana, durante a manhã de hoje. A alta nos rendimentos, que predominou recentemente, pode ser entendida por investidores como um sinal de que a recuperação da economia americana tende a levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a apertar sua política monetária antes do previsto, o que fortaleceria o dólar.
Para o ING, o quadro positivo para a economia americana enfraquece a retórica do Fed de que juros baixos e estímulo monetário serão necessários a longo prazo, o que pode gerar pressão sobre o BC americano pelo aumento dos Fed funds já no fim de 2022, enquanto a previsão da entidade é de aumentar os juros apenas em 2024.
A presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, reforçou a resposta da instituição em entrevista à CNBC hoje, ao afirmar que não há por que a autoridade monetária se preocupar com a alta na curva longa dos retornos dos Treasuries no momento.
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