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Economia

Ibovespa fecha quase estável após sessão volátil; Suzano sobe 6%

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O Ibovespa fechou quase estável nesta terça-feira, tendo trocado o sinal várias vezes durante o pregão, com movimentos de realização de lucros e receios com a cena político-econômica enfraquecendo o efeito do clima favorável a risco no exterior.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa teve variação positiva de 0,02%, a 100.297,91 pontos, após chegar a 99.646,81 pontos na mínima e a 100.949,43 pontos na máxima.

O volume financeiro somou 25 bilhões de reais.

Pesquisa do Bank of America com gestores mostrou que o sentimento positivo em relação ao Ibovespa continua, mas sem mudança relevante em comparação com o mês anterior, com metade ainda o enxergando acima de 110 mil pontos até o final do ano.

“As respostas sugerem que os investidores já estão posicionados”, afirma o BofA, citando que os níveis de caixa recuaram a 3,3%, de 4,7% no mês passado, no menor patamar desde janeiro de 2020 e abaixo da média histórica de 4,1%.

Do ponto de vista gráfico, o analista da Clear Corretora Fernando Góes destacou que o Ibovesa seguiu no suporte de 98 mil pontos, o que a princípio é um bom sinal, mas que ele precisa superar 103 mil pontos para declarar novo momento de compra.

“O que gráfico indica é que a probabilidade do Ibovespa romper para cima é maior do que o movimento inverso, segundo alguns indicadores técnicos”, afirmou, ponderando ainda não ser possível ver pelo gráfico se no curto ou no médio prazo.

Nesta terça-feira, o mercado brasileiro também não conseguiu replicar o ânimo com dados econômicos melhores sobre a China e os Estados Unidos, que deram suporte a uma trajetória positiva em Wall Street, onde o S&P 500 fechou em alta de 0,5%.

Declarações do presidente Jair Bolsonaro de que não irá mais criar o Renda Brasil, acompanhadas de críticas às medidas que a equipe econômica estaria analisando para tentar financiá-lo, adicionaram alguma incerteza, notaram operadores.

DESTAQUES

  • SUZANO ON valorizou-se 6,01%, após notícia na véspera de que um importante grupo de papel e celulose anunciou estar completamente vendida para seus volumes de celulose de fibra curta de outubro e aceitando pedidos apenas para novembro. “Acreditamos que essa melhora no balanço de oferta/demanda pode finalmente fazer com que os preços de fibra curta comecem a subir gradativamente a partir de outubro/novembro”, citou o Itaú BBA em comentário a clientes.
  • MINERVA ON subiu 4,3%, após divulgar que assinou carta não vinculativa com uma sociedade de propósito específico para vender fatia de 25% de sua subsidiária Athena Foods. Na máxima, a ação chegou a disparar 11,2%.
  • VALE ON avançou 1,11%, apesar da queda dos futuros do minério de ferro na China, com GERDAU PN tendo alta de 5,77% e liderando ganhos do setor de mineração e siderurgia em meio a perspectivas positivas sobre preços.
  • PETROBRAS PN cedeu 0,05%, enquanto PETROBRAS ON subiu 0,23%, tendo de pano de fundo alta do petróleo no exterior e revisão do portfólio de exploração e produção, entre outras notícias, entre elas retoma negociação de petróleo com Vitol, Trafigura e Glencore.
  • BRADESCO PN cedeu 1,06%, em sessão negativa do setor de bancos, com ITAÚ UNIBANCO PN cedendo 1,33%. O Ministério da Economia manteve projeção de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 de 4,7%, enquanto ajustou para cima suas estimativas para a inflação.
  • B3 ON caiu 2,47% após alta de 4,8% na véspera.
  • COGNA ON caiu 3,01%, enquanto YDUQS ON recuou 1,36%, após forte alta na véspera. A Yduqs sinalizou que disputará os ativos do Grupo Laureate no Brasil, após a Ser Educacional assinar contrato para aquisição do negócio. E o Bank of America reiniciou a cobertura no setor com recomendação ‘underperfom’ para Cogna e de ‘compra’ para Yduqs.
  • CIA HERING ON perdeu 3,11%, em meio a movimentos de realização de lucros, após alta de mais de 5% na segunda-feira. LOJAS RENNER ON caiu 1,6%.

 

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