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Ibovespa se descola de Wall Street e fecha em alta

As ações da Vale e da Petrobras viraram para o terreno positivo e ajudaram o índice doméstico

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Depois de acompanhar as bolsas em Wall Street a maior parte do pregão o Ibovespa, finalmente, se descolou e passou a operar em terreno positivo, puxado pelas ações de Vale e Petrobras. O índice doméstico encerrou o pregão com alta de 0,37%, aos 100.049 pontos. Ao longo do dia, oscilou entre a mínima de 98.561 pontos e a máxima de 100.250 pontos. O giro financeiro somou R$ 20,516 bilhões.

A Vale subiu na contramão do preço do minério e terminou com ganho de 1,69%%, enquanto a Petrobras acompanhou a virada dos preços do petróleo no exterior após comunicado da Organização dos Paises de Petróleo (Opep). A entidade reiterou a importância de compensar o volume do petróleo produzido em excesso por alguns integrantes para conter a oferta do produto. O papel da petroleira subiu 1,93%.

Logo cedo, os mercados reagiram à falta de sinais claros do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) sobre estímulos para a retomada da economia do país norte-americano e a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) de que, dependendo do comportamento da inflação, pode haver novo corte da taxa Selic.

Os bancos centrais ao redor do mundo injetaram muita liquidez nos mercados financeiros nos últimos meses, mas, o temor é que ainda não seja suficiente para que economia global retorne aos níveis pré-pandemia

Para corroborar, hoje a economista-chefe do Banco Mundial, Carmen Reinhart, afirmou que a recuperação econômica global pode demorar até cinco anos. “Provavelmente haverá uma recuperação rápida quando todas as medidas de restrição relacionadas aos bloqueios forem suspensas, mas uma recuperação completa levará até cinco anos”, disse Reinhart durante participação em conferência realizada em Madri.

Por aqui, a cena política continua agitada. Depois de afirmar que não haveria mais Renda Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e autorizou o senador Marcio Bittar a criar um novo programa social. O mercado segue querendo saber de onde virão os recursos para esse programa.

Para a analista fundamentalista da My CAP Julia Campos Monteiro, o país está passando por uma crise de confiança, não só pelas turbulências políticas, mas também pela redução da renda e, em alguns casos, até a perda dela, o que leva as pessoas a deixarem de consumir. “As turbulências no governo com as questões econômica e fiscal preocupam e, além disso, está difícil conseguir alinhar as Casas (Executivo, Judiciário e Legislativo). Isso, juntamente com a queda na renda, gera um baita movimento de incerteza ”, avalia a executiva

Julia ressalta que tem visto um movimento muito atípico no mercado acionário, onde investidores de longo prazo estão alterando suas carteiras com foco no curto prazo. “As pessoas realmente estão com muita insegurança. Eu tenho mais de 20 anos de mercado e nunca vi investidores de longo prazo fazendo alterações na carteira com tanta frequência. Eles têm optado por retornos de curto prazo”, explica.

Nos EUA, a queda dos índices também reflete o recuo das empresas de tecnologia diante de dados econômicos que apontam para sinais de desaceleração na recuperação, justamente no momento em que o governo pretende reduzir os estímulos.

Os pedidos de seguro-desemprego apresentaram queda em relação à semana passada. Segundo o Departamento de Trabalho norte-americano, foram feitos 860 mil pedidos de seguro-desemprego em uma semana, acima do esperado pelo mercado.

O índice Dow Jones encerrou com declínio de 0,47%, aos 27.901 pontos e o Nasdaq com recuo de 1,27%, aos 10.910 pontos.

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