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Economia

IGP-10 de abril apresenta deflação de 0,58%

Indicador da FGV registra forte variação negativa este mês, após ficar estável em 0,05% em março

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Em contraste com o avanço firme do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) – cuja previsão para 2023 foi alçada ao patamar de 6% pelo Boletim Focus – o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de abril corrente apresentou deflação de 0,58%, após se manter estável em 0,05%, no mês anterior, divulgou, nesta segunda-feira (17) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Com este resultado, o indicador é deflacionário em 0,46% no ano e recua 1,90% no saldo de 12 meses. Em abril do ano passado, o índice exibiu alta de 2,48% e elevação acumulada de 15,65% em 12 meses.

Para o coordenador dos índices de preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), André Braz, “o índice ao produtor foi o único componente do IGP-10 a apresentar queda. Contribuíram para este movimento importantes commodities, como: soja (de -2,45% para -7,63%), milho (de -0,94% para -2,61%) e café (de 8,36% para -3,28%). A inflação ao consumidor e para a construção civil registraram aceleração. Para as famílias, o destaque foi a gasolina que avançou 5,87%, ante alta de 2,89% na última apuração. Para a construção civil, as pressões partiram de aumentos registrados para mão de obra e licenciamentos”.

Da mesma forma, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) – que tem peso de 60% no IGP-10 – apresentou deflação de 0,96%, bem superior ao recuo de 0,07% de março. Pelo critério de ‘estágios de processamento’, os Bens Finais ampliaram a alta, indo de 0,31%, no mês passado, para 0,51%, no atual. Para a formação do IPA-10, a maior influência correspondeu a alta do subgrupo ‘alimentos processados’, que saiu de uma deflação de 1,14% para um aumento de 0,08%.

Ampliando o processo deflacionário, o grupo Bens Intermediários passou de -1,25% em março para -1,59% em abril, com a maior contribuição do subgrupo matérias e componentes para a manufatura, que passou de -0,29% para -1,14%. Se desconsiderado o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, o índice de bens intermediários (ex) teve queda de 0,98% este mês, acima do recuo de 0,53%, em março.

‘Tombo’ também ocorreu com índice do grupo Matérias-Primas Brutas, que saiu de uma alta de 0,88%, no mês passado, para -1,62% em abril, sob influência da queda da soja em grão (-2,45% para -7,63%), minério de ferro (4,11% para 0,58%) e café em grão (8,36% para -3,28%). Em contrapartida, subiram: bovinos (-2,66% para 1,30%), aves (0,51% para 2,38%) e arroz em casca (-0,96% para 0,29%).

Na mão inversa da tendência regressiva, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) – que tem peso de 30% no IPG-10 – acusou alta de 0,57% em abril, ampliando a elevação de 0,47% do mês anterior. Das oito classes de despesa que compõem este índice, três avançaram, como Transportes (1,24% para 1,86%), Alimentação (0,00% para 0,15%) e Vestuário (0,25% para 0,45%).

Com peso de 10% no indicador geral, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) cresceu 0,22% em abril, maior do que o aumento de 0,12% de março. Seus três grupos variaram, no comparativo mensal, da seguinte forma: Materiais e Equipamentos (-0,05% para -0,14%), Serviços (0,89% para 1,07%) e Mão de Obra (0,14% para 0,38%).

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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