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Imposto de Renda - IRPF

Imposto de Renda: Nova tabela está defasada em até R$1 mil

Iniciativa faz parte das Reformas

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Consultorias atualizam projeções por conta do PIB menor, moeda mais fraca, inflação e Selic em alta

A equipe econômica do ministro Paulo Guedes tenta emplacar uma nova tabela do Imposto de Renda (IR). A iniciativa faz parte das Reformas que o governo tenta implementar, mas, ainda assim, há uma defasagem de quase R$ 1 mil.

Vale ressaltar que a atualização das faixas de cobrança do Imposto de Renda (IR), que estão sem reajuste há cinco anos.

A Reforma Tributária visa, ainda, reformulações no imposto aplicado para as empresas e também sobre os investimentos.

Imposto de Renda

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De acordo com especialistas, pela nova tabela proposta para o IR das pessoas físicas o piso, que é faixa isenta da cobrança, vai subir dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 2.500.

Trata-se de um reajuste de 31,3% – abaixo dos 36,9% que a inflação acumulou desde a última vez em que esses valores foram atualizados, em abril de 2015, ainda no governo da presidente Dilma Rousseff.

Entretanto, se a atualização recompusesse toda a perda do poder de compra desse período, o recorte para a isenção deveria subir para R$ 2.604,26.

Desta forma, mais pessoas iriam ganhar o direito de não pagar o imposto, caso a atualização considerasse todo o aumento da inflação.

Porém, nas outras quatro faixas, que pagam de 7,5% a 27,5% de IR, de acordo com o salário, o reajuste que está sendo proposto pelo governo é ainda menor, de 13%, ou perto de um terço da inflação do período.

Na prática, significa dizer que na faixa do teto, por exemplo, onde estão aqueles que pagarão os 27,5%, o reajuste proposto na nova tabela eleva o recorte dos atuais R$ 4.664,68 para R$ 5.300,01 – todos com salário acima desse valor já terão o desconto da alíquota maior.

Inflação

Segundo especialistas, caso o valor estivesse atualizado pela inflação, esse piso deveria subir para os R$ 6.380,35, ou R$ 1.080 a mais do que o proposto. Pessoas que ganham até esse valor (partindo de R$ 5.130), deveriam ficar na faixa anterior, com IR de 22,5%, no caso de uma tabela corrigida pela inflação integral.

Desta forma, a comparação leva em consideração a inflação calculada pelo INPC, o Índice Nacional de Preço ao Consumidor, até maio de 2021, dado mais recente. O indicador, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o mesmo usado corrigir salários a aposentadorias.

Como, porém, a proposta para a nova tabela do IR ainda precisa ser aprovada antes de passar a valer, a defasagem deve continuar aumentando, já que a inflação segue avançando mês a mês.

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