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Economia

Inda vê alta de 8% na venda de distribuidores de aço plano em 2020

Expectativa é que as vendas de aços planos por distribuidores tenham alta de 8% neste ano.

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Distribuidores de aços planos brasileiros devem fechar 2020 com aumento de vendas a despeito dos efeitos da pandemia e estão vendo inícios de novo crescimento em 2021, em meio à demanda aquecida de indústrias entre as quais está a de construção civil e máquinas e equipamentos, disse nesta terça-feira a Inda, entidade que representa o setor.

A previsão é que as vendas de aços planos por distribuidores tenham alta de 8% neste ano, para aproximadamente 3,7 milhões de toneladas, após acréscimo de cerca de 10% em 2019.

“Provavelmente, se continuarmos no mesmo ritmo, em 2021, teremos 7% ou 8% de crescimento”, afirmou Carlos Loureiro, presidente do Inda.

No mês passado, as vendas dos distribuidores, setor que engloba cerca de um terço do consumo de aço das siderúrgicas do Brasil, registraram recuo de 7,8%, para 371,7 mil toneladas frente a setembro, quando ainda havia forte movimento de recomposição de estoques na cadeia. Mesmo assim o número mostra avanço de 17% em relação a outubro de 2019.

A estimativa do Inda para novembro é de queda de 5% nas vendas frente a outubro, mas alta de cerca de 20% contra um ano antes, disse Loureiro. “Com o que estamos vendo em novembro e dezembro, provavelmente vamos fechar (2020) com crescimento de 8%, apesar da pandemia”, acrescentou.

De acordo com o executivo, ritmo acelerado do setor no segundo semestre é resultado de um forte queda nos estoques logo na esteira das medidas de quarentena para enfrentamento do coronavírus do país.

“Agora está começando a aparecer uma sensação de caminhar para a normalidade. O mercado em setembro e começo de outubro estava muito acima do normal”, disse Loureiro.

Essa toada estimulou todas as siderúrgicas do país a voltarem a subir preços de aço negociados aos distribuidores em novembro, em cerca de 10%, afirmou o presidente do Inda. Os setores industriais que mais estão demandando aço são construção civil, energia eólica e solar, máquinas agrícolas, implementos rodoviários e caminhões, completou ele.

Nesta terça-feira, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) informou que o crédito imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) saltou 84% em outubro em relação a igual mês de 2019, para 13,86 bilhões de reais, ajudado pelos juros baixos no país.

Mas segundo Loureiro, esse forte ritmo de demanda ainda está criando problemas no fornecimento de alguns matérias, e as siderúrgicas estão passando por dificuldades no fornecimento de itens como galvalume, insumo que pode ser usado em telhados e paredes de drywall.

“Continua com certa dificuldade no abastecimento, mas já menor que uns meses atrás”, afirmou o presidente do Inda.

Dados da associação mostram que os distribuidores fecharam outubro com estoques de aços planos suficientes para somente 1,8 mês de vendas, o que corresponde a 678,3 mil toneladas.

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