Economia
Inflação com 100% de alta leva argentinos a mudarem seus hábitos de compras
País enfrenta uma crise com alta no preços dos alimentos, o que gera mudanças nos hábitos da população e crescimento da oposição política.
Os cidadãos argentinos estão enfrentando uma crescente onda de impactos decorrentes de uma das mais altas taxas de inflação do mundo.
Os preços anuais estão subindo a uma taxa de quase 100%, fazendo com que as famílias tenham dificuldades em equilibrar seus orçamentos, à medida que os custos de itens essenciais, como alimentos, gás e serviços, superam largamente seus rendimentos.
O país tem lutado contra uma inflação elevada por anos e espera-se que os dados de janeiro, que serão anunciados em fevereiro, revelem um aumento ainda maior na inflação mensal, com uma aceleração de cerca de 6%, elevando o valor em 12 meses para perto de três dígitos.
Argentinos são obrigados a mudar de hábitos
No final de 2022, a inflação parou em 95%, porém, neste novo ano, mesmo com as medidas do governo para diminuir a crise e o aumento de preços, a situação pode piorar, chegando a 100%, o que obriga muitos cidadãos a mudar seus hábitos de compras.
A médica argentina de 30 anos, Gisella Saluzzo, relata um pouco sobre o cotidiano dela e da sua família em meio ao país em crise:
“A verdade é que vivo o dia a dia, procuro preços baixos, vou a mercados. Procuramos onde a carne é mais barata, as verduras são mais baratas e caçamos promoções on-line para sobreviver”.
Já o quiroprático de 33 anos, Brian Muliane, afirma que seu negócio pode ir à falência por conta da inflação e dos impostos:
“No nosso trabalho, entre pagar uma coisa e outra, com os impostos, eles estão nos afogando“.
“Há muitos que não podem nem trabalhar“, acrescenta.
Enquanto fazia compras, a professora de 50 anos, Andrea Mendoza, disse:
“Há coisas que deixei de comprar porque digo “não”, é simplesmente impossível aumentar assim, então, não compro algumas coisas, mudo hábitos ou compro o que está em oferta“.
Inflação pode afetar as eleições: crescente onda conservadora
A popularidade do atual presidente de esquerda, Alberto Fernández, está sendo cada vez mais prejudicada.
A inflação tem severas consequências na economia do país, o que obriga o banco centrar em aumentar as taxas de juros para 75%.
Com isso, pode-se observar que a crise promove o crescimento da oposição política, o que é demonstrado nas pesquisas das eleições gerais que vão acontecer em outubro deste ano.
Nelas, a oposição conservadora está à frente. Os cidadãos argentinos clamam por mudanças, ao culpar a atual gestão econômica pela inflação e pelo aumento da impressão de dinheiro.
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