Economia
Inflação e PIB permanecem estáveis, segundo o Focus
Levantamento do Banco Central.
As previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos de 2024, como crescimento da economia e inflação, permaneceram estáveis na edição do dia 30 do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). Para este ano, a expectativa é de um crescimento de 3% no Produto Interno Bruto (PIB).
No segundo trimestre, o PIB surpreendeu ao crescer 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação ao mesmo período de 2023, o aumento foi de 3,3%. Para 2025, o mercado projeta um crescimento de 1,92%, enquanto a expansão prevista para 2026 e 2027 é de 2% ao ano.
Em 2023, a economia brasileira superou as expectativas e cresceu 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, o crescimento foi de 3%. A previsão para a cotação do dólar ao final de 2024 é de R$ 5,40, e para 2025, a estimativa é de R$ 5,35.
Inflação e PIB
A expectativa para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024 permaneceu em 4,37%. Para 2025, a previsão é de 3,97%, e para 2026 e 2027, as projeções são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. Embora a previsão para 2024 esteja acima da meta de 3%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), ela ainda se encontra dentro da margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, com limites entre 1,5% e 4,5%.
A partir de 2025, será implementado o sistema de meta contínua, que fixa o centro da meta em 3%, também com uma margem de 1,5 ponto percentual. Em agosto de 2024, o IPCA registrou uma leve deflação de 0,02%, influenciada principalmente pela queda nos preços de alimentos e habitação, após uma inflação de 0,38% em julho. No acumulado de 12 meses, o IPCA atingiu 4,24%.
A taxa Selic, principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, foi definida em 10,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas sobre a inflação levaram o Copom a aumentar os juros pela primeira vez em mais de dois anos, após seis cortes consecutivos desde agosto de 2022. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 5 e 6 de novembro, e o mercado espera um novo aumento da Selic, que pode encerrar 2024 em 11,75% ao ano. Para 2025, a expectativa é que a taxa caia para 10,75%, e para 2026 e 2027, a previsão é de quedas adicionais para 9,5% e 9% ao ano, respectivamente.
A elevação da Selic tem como objetivo conter a demanda aquecida, o que ajuda a controlar os preços, mas também encarece o crédito, dificultando a expansão da economia. Por outro lado, uma redução da Selic tende a baratear o crédito, incentivando a produção e o consumo, o que pode impulsionar a atividade econômica.
(Com Agência Brasil).

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